A estreia dos tuk tuk no Porto chega com um número recorde de restaurantes aderentes: 37 espaços, divididos entre os bairros da Vitória, Cedofeita, Santo Ildefonso, Baixa do Porto e Ribeira. Entre os petiscos disponíveis, há nomes (e receitas) sugestivos, como um Come-me o Grelo, uma Tapa na Boca ou um Corneto de Camarão.
Em Lisboa, seguimos de tuk tuk para provar um Brasileirinho no restaurante Bossa, no Príncipe Real: uma “espetadinha” de churrasco de picanha, com croquete de arroz, croquete de feijoada, mandioca palha e vinagrete picante. Está casa cheia de grupos de mapa na mão. Não há mesas por ocupar. Nem no Bossa, nem n’Os Bons Malandros, na Rua da Bica de Duarte Belo, onde continuamos o périplo com um preguinho com cogumelos salteados e molho roquefort.
O elevador da Bica já terminou o sobe-e-desce e a noite vai-se impondo quando terminamos no Pop Out The Can, uns números mais abaixo. É a primeira vez que este antigo “bar-galeria” transformado em “bar de petiscos” há “dois anos e meio” participa na Rota de Tapas. Raquel Rodrigues andava de olho na iniciativa há algum tempo e perguntava-se “quando é que faziam na Bica”. O bairro entrou nesta edição, a organização contactou-a e Raquel aceitou. “É muito bom para divulgar o espaço”, defende a proprietária.
O balanço ao final do primeiro dia é muito positivo, com resultados “acima do esperado”. “A adesão tem sido espectacular, só para dar uma ideia, já vendemos metade das cervejas que tínhamos encomendado para o fim-de-semana”, conta. A acompanhar a bebida, uma trouxa de alheira de caça e cogumelos com cebola roxa caramelizada e ovo de codorniz a cavalo. “O problema das tapas é que, muitas vezes, são secas. Por isso, queríamos ter uma que fosse gulosa e com a frescura da maçã verde.” Entre as que provámos, é a única que chega à mesa com faca e garfo, o que “dificulta vir para a rua e servir mais”, admite Raquel Rodrigues. Quando vamos embora, ainda há quem se esteja a sentar.