Fugas - Viagens

Xcaret fica a duas horas de Cancún

Xcaret fica a duas horas de Cancún Gerardo Garcia/Reuters

Continuação: página 3 de 5

Xcaret - Todo o México num parque ecológico

Falta a última atracção. Aquela que, além de turistas, atrai mexicanos de vários pontos do país e é considerada o melhor espectáculo cultural na Península do Iucatão. Com capacidade para 600 pessoas, o teatro Gran Tlachco recebe todas as noites mais de 300 actores, músicos, cantores e bailarinos que, em duas horas, enredam o público na história do México e nas suas manifestações culturais ao longo de milénios.

O espectáculo inclui a representação de várias danças mexicanas e do folclore do país, além de recriar o encontro entre o mundo maia e espanhol, na altura da descoberta do México e da sua colonização. Entre os pontos altos da noite está a exibição dos homens-pássaro. Presos pelos pés a cordas no cimo de um poste, os chamados voadores de Papantla precipitam-se de cabeça para baixo em manobras acrobáticas e círculos no ar, recriando um antigo ritual pré-hispânico. Mas nem mesmo os homens-pássaro superam a recriação do jogo da pelota.

Este desporto remonta a 3500 anos e é considerado o antecedente do futebol. Com uma diferença: em vez dos pés, os jogadores usavam as ancas para atirar a bola. Além de ser um espectáculo visual fantástico, a recriação do jogo desperta no público o mesmo entusiasmo com que hoje vemos uma partida de futebol. E, no caso do jogo da pelota em chamas, poderia dizer-se que a emoção é ainda maior.

Com tacos semelhantes ao que são usados actualmente no hóquei, esta variação do jogo milenar faz-se com uma bola em chamas. A par de uma vertente lúdica, muitas destas partidas envolviam rituais de sacrifício.

Mesmo encerrando em grande o dia em Xcaret, a jornada sabe a pouco e só apetece voltar no dia seguinte. Mas, quando o tempo escasseia, é preciso fazer opções. E, claro, se tivesse um dia a mais, teria de cumprir a tradição e ir a Chichen Itza. Com maravilhas naturais e culturais a saltar por todos os poros, o México não dá margem de manobra ao "erro" de revisitar o mesmo sítio.

Club Med de Cancún
O oásis que se deu ao luxo de ter uma hora própria

Seria apenas mais um das centenas de hotéis espalhados ao longo da língua de areia de Cancún, que se estende por mais de 20 quilómetros. Mas o privilégio de ter sido um dos primeiros hotéis a abrir portas na cidade, há 33 anos, dá-lhe uma vantagem única em termos de localização. De um lado a lagoa, do outro o mar das Caraíbas e a segunda maior barreira de corais do mundo. E, sobretudo, uma distância razoável do amontoado de hotéis que domina a paisagem desta agitada e fervilhante estância balnear mexicana.

A preocupação de marcar a diferença foi tanta que o Club Med criou mesmo um fuso horário próprio para esta unidade. Sim, leu bem. O village de Cancun Yucatan tem uma hora a mais em relação a Cancún. Tudo para que os hóspedes possam usufruir de mais uma hora de sol à tarde e ficar a descansar mais um pouco de manhã. E, para quem conseguir resistir ao apelo da praia e do mar, a hora extra de sol dá realmente jeito para aproveitar todas as outras actividades que o Club Med tem para oferecer.

--%>