Viagens de grupo, escapadelas a dois ou aventuras solitárias - tal como noutros segmentos turísticos, há de tudo mas, neste caso, para um gosto específico. A Be Out, criada pelo grupo Geowinds (que detém, por exemplo, os operadores Destinos ou Exótico Online) nasceu em 2011 como resposta a um mercado cada vez mais voraz e em que quase todos os países apostam forte: o do turismo gay ou, mais abrangentemente, LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgéneros).
Diogo Vultos, o mentor do projecto, trabalha no grupo GeoWinds há cerca de dois anos. A experiência no ramo do turismo de luxo, com uma outra agência do grupo - a Be Luxury -, fê-lo aperceber-se da necessidade de criar um produto específico para responder a uma procura que aumenta de dia para dia. Só neste ramo, chegam todos os anos a Portugal, contabiliza, cerca de quatro mil turistas por semana.
Tornar Portugal num destino de eleição para a comunidade LGBT é o propósito assumido pela Be Out, agência que é também operador turístico, e que veio preencher, na opinião de Diogo Vultos, uma falha no mercado nacional, após experiências entretanto descontinuadas (como a agência Saga Escape). "Existia, no mercado português, essa lacuna por não haver uma agência de viagens, nem um operador turístico específico para o mercado LGBT", afirma. Na concorrência, assinale-se o produto LGBT Dreams, proposto pela Almeida Viagens.
Segundo Vultos, a Be Out, a celebrar um ano de existência e que trabalha em parceria com a IGLTA (Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico), soma e segue: actualmente, o número de estrangeiros que traz a Portugal situa-se entre os 100 e os 120, todos os meses. A divulgação é feita junto do público-alvo, embora, refira, o produto proposto também agrade a muita gente fora deste universo.