Fugas - Viagens

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Em Courchevel, à procura de super-heróis

É um optimista, Jacques Dupuy.

Daqui a pouco, isso sim, estaremos a meio da pista Jardin Alpin a chamar por super-heróis, mas isso vocês já sabem. O que não sabem é como lá chegámos.


A noite é ainda melhor?

Não foi propriamente por magia, mas à hora de almoço estamos no pico Saulire, a 2732 metros de altitude. Chegámos a este (quase) deserto branco depois de duas boleias, uma de gôndola e outra de um enorme teleférico. Foi pena que não tivéssemos apreciado as vistas enquanto subíamos, mas as vertigens obrigaram-nos a cumprir quase todo o caminho de olhos bem fechados. Novamente com os pés assentes na terra, eis-nos agora num miradouro privilegiado para os picos nevados destas paragens. Diz quem sabe que se o dia estivesse totalmente claro veríamos o Monte Branco na perfeição — hoje, contudo, temos que nos contentar com a visão de uma pequena parte daquela que é a mais alta montanha da Europa Ocidental (mais de 4800 metros).

Está um frio de rachar a esta altitude, mas nem por isso desistimos de pôr as mãos de fora e guardar no cartão de memória esta paisagem sublime. Demoramo-nos na varanda do restaurante Le Panoramique que, a esta hora, mais parece um parque de estacionamento de esquis. As cadeiras com vista para os picos nevados estão praticamente lotadas — há que descansar o corpo e alegrar os olhos e, em muitos casos, preparar a descida pela pista vermelha que a partir daqui se desenrola.

É o que fazem Béatrice Blanc e a filha, Marie Laure. São habituées em Courchevel e praticamente profissionais do esqui. Embora sejam ambas originárias da Normandia, mãe e filha vivem há quatro anos na vizinha Suíça — e há quatro anos que não perdem uma temporada em Courchevel. Gestora de empresas, Béatrice mudou-se para Genebra e consigo levou a filha, agora com 13 anos. Marie Laure aprendeu a esquiar “nestas neves”, conta, apontando em redor, e desde então tornou-se fanática. “Em Courchevel é tudo bom: a neve é óptima, os hotéis são super, a comida também, o après-ski tem glamour, há lojas fantásticas… E para além disso já vamos conhecendo pessoas de uns anos para os outros”, explica Béatrice. E, claro, há um atractivo adicional: “A Suíça também tem boas estâncias, mas aqui sempre estamos em casa”, sorri. “La France, la France…”

Marie Laure é uma miúda loira e bem-educada e por isso não pede à mãe que apresse a conversa — mas nota-se-lhe no rosto já bronzeado, a indiciar os cinco dias que já leva de neve, que começa a “ressacar” da adrenalina que lhe provoca descer as pistas. Despedem-se com um “au revoir” em uníssono e ficamos a vê-las desaparecer, ziguezagueantes, por esta gigantesca via láctea branca.

Não é coisa, evidentemente, para nós. Apanhamos o teleférico que nos deixa em plena pista Jardin Alpin, fazemos a fraca figura que já conhecem, largamos o equipamento com toda a pressa do mundo e eis-nos agora, a salvo, no spa do Hotel La Sivolière. Depois de um dia inteiro com as botas de esqui enfiadas, não podíamos pedir melhor recompensa do que uma massagem de relaxamento. Dura uma hora e Michèle deixa-nos os músculos preparados para aguentar o embate do esforço nos próximos dias.

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