Fugas - Viagens

  • Nuno Alexandre Mendes
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Um safari na Beira Alta

É junto a um pombal que assentamos arraiais, ou melhor, que assentamos o telescópio, apontado em direcção à escarpa do lado de Cidadelhe. Alice Gama lança o desafio: “Vamos ver quem consegue encontrar primeiro o ninho de grifos.” Na rocha granítica amarelada, detectar as penas acastanhadas dos grifos é uma missão quase impossível. Mas eles lá estavam, na pedra por baixo da mancha branca e ao lado de uma sombra. Mais do que um, até. Há outro mais abaixo. E do outro lado o ninho da águia-de-Bonelli, escondido até não poder mais.

O picanço, as andorinhas e os pica-paus fazem-se ouvir no caminho de volta ao acampamento. Não os vemos. Conseguimos encontrar a poupa instalada no ramo de uma árvore ao fundo, já não é mau. É com essa imagem que deixamos a reserva para trás, certos de que não vimos tudo o que havia para ver. Não fomos ao alimentador de abutres vê-los de perto enquanto comem, por exemplo. Terá de ficar para a próxima.

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Produtos
A ATN comercializa produtos da região e artesanais, como amêndoas doces ou picantes, pêras secas, compotas de figo ou amoras e mel com amêndoas ou nozes. Cada pacote ou frasco custa três euros, dos quais 0,30 euros revertem para o fundo de aquisição de propriedades. Tem ainda azeite biológico (6,50 euros, com 2,50 euros a reverterem para o fundo), um atlas e cantis e ainda vouchers individuais para visitas à reserva. Por exemplo, é possível comprar um voucher para a realização de birdwatching, por 20 euros, que permite passar sete horas a observar as aves, com um guia. Para assistir de perto (a 10 ou 15 metros) à alimentação dos abutres, os visitantes podem comprar um voucher de acesso ao abrigo dos abutres, normalmente procurado por fotógrafos de Natureza, por 80 euros. Também é possível adquirir a experiência Faia Brava Descoberta, por 9,50 euros, que inclui uma visita guiada de 3h30 pelos pontos mais emblemáticos da propriedade. Mais informações em atnatureza.blogspot.pt

Trilhos pedestres
Para os amantes das caminhadas não faltam trilhos pedestres na Reserva da Faia Brava, que a associação adapta às condições e à vontade do grupo. No fim-de-semana em que visitámos o local foi inaugurado o Trilho da Barca, com cerca de dez quilómetros, que recria o percurso utilizado antigamente para ligar, por barco, as três aldeias em que se insere a reserva. Antes de ser construída a ponte da União, que agora liga as duas margens do Côa, a população utilizava uma barca para atravessar o rio. Existe ainda o Trilho dos Moleiros, antigamente usado pelos habitantes locais para descer até ao Côa, onde se situavam os moinhos de cereal, hoje em ruína. O percurso  de 12 quilómetros passa perto do rio e depois sobe até ao pombal do Couto, o mais emblemático, que marca o limite norte da reserva, de onde se avista o vale entre as escarpas verticais. Pela Faia Brava passa também a Grande Rota do Vale do Côa, que normalmente começa na aldeia de Castelo Melhor, junto ao centro de interpretação do Parque Arqueológico do Vale do Côa, e termina em Cidadelhe. São 15 quilómetros a pé. O Trilho dos Sobreiros, que percorre a enorme mancha de sobreiro da reserva, com paragem obrigatória junto a um sobreiro com mais de 500 anos, ronda os três quilómetros.

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