Fugas - Viagens

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Em Campinas, no rasto da selecção nacional

Mas no século XXI é uma mini-série japonesa filmada aqui que atrai turistas que vêm do Japão especialmente para visitar os cenários. No fim, “seu” Raimundo, de 63 anos, que começou a trabalhar com café aos oito anos, demonstra a colheita manual. “Tinha um gerente que queria que a gente cantasse enquanto a gente fazia a colheira, pode?” Nas palavras finais da nossa guia, Vera Valente: “Se tivesse com um grupo inglês diria que seu Raimundo is the best. Para as crianças digo ele é o cara.” Não deixe de beber o cafezinho antes nem depois do passeio. Os preços por pessoa variam de 66 a 76 reais (de 21 a 23 euros), as crianças pagam metade. Para agendar as visitas e obter mais informações, ficam os contactos: +55 (19) 3257-2269, +55 (19)99694-3111, +55 (19) 98273-6020.

Maria-Fumaça

Para quem não sabe, Maria-Fumaça é o nome que os brasileiros dão às locomotivas de comboio do século XIX movidas a vapor. Em Campinas elas chegaram em 1875 para escoar a produção de café até ao Porto de Santos. Hoje, a Maria-Fumaça percorre apenas 24 quilómetros dos quase 2000 da antiga linha férrea que ligava os estados de São Paulo e Minas Gerais. São cinco passeios durante o fim-de-semana — a dica ideal para as crianças. O passeio entre Campinas (estação de Anhumas) e Jaguariúna dura três horas e meia com tempo livre para almoço. Toda a viagem é animada pelo baião, forró, samba e xote do Musical Nostalgia, um grupo de quatro músicos de mais de 60 anos comandados por Carmem Vendemiatti, ou como lhe chamam os outros músicos, Carmem Miranda. A viagem também conta com as “ferromoças”, que com o seu carrinho cheio de ofertas vendem tudo o que estiver relacionado com comboios — numa versão mais rural das hospedeiras dos aviões. Todo o trabalho é voluntário para preservar a linha ferroviária e as locomotivas. O passeio custa entre 50 a 70 reais (dependendo do trecho), o equivalente a 16 e 21 euros. Crianças e idosos pagam metade.
www.mariafumacacampinas.com.br

As Sete Maravilhas

Um city tour gratuito, promovido pelo município num autocarro de dois andares, da tradicional cor vermelha, durante todo o mês do Mundial, que percorre por duas horas as chamadas sete maravilhas da cidade escolhidas pelos moradores. A destacar: a Estação Cultura, a antiga estação ferroviária de 1872 tombada pelo património histórico. É entrar e imaginar o movimento na época áurea do café. A catedral metropolitana levou 70 anos para ser construída e foi toda feita, pelos escravos da época, em taipa de pilão (técnica de construção do barro molhado misturado com pequenas pedras, cascalho, fibras vegetais). A obra foi concluída em 1883 e é o maior templo religioso do mundo construído em taipa. Para quem gosta de verde, o Parque Portugal, mais conhecido como Lagoa do Taquaral, a maior área verde do centro da cidade.

Trilhas

Campinas é conhecida pelas trilhas e pelo ecoturismo. O distrito de Joaquim Egídio é área de protecção ambiental. O Pico das Cabras, área de Mata-Atlântica, é um dos destinos preferidos. Várias agências de viagem organizam programas de meio ou um dia inteiro. Uma delas é a Estação Floresta, que organiza passeios gratuitos e pagos de uma hora e meia que custam em média 50 reais (aproximadamente 16 euros) com lanche e água incluídos.

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