Fugas - Viagens

Continuação: página 5 de 6

Birmânia, para quem ainda sonha com o paraíso

Quando ir

A melhor altura para visitar a Birmânia e, no caso particular, Ngapali Beach é entre Novembro e Março mas, ainda que muitos dos hotéis e restaurantes fechem as suas portas — há também menos ligações aéreas a partir de Rangum —, o período das monções (entre meados de Maio e de Setembro) ou de calor intenso podem constituir alternativa e a preços mais económicos.

Onde comer

Se alguns dos restaurantes instalados sobre as areias da praia que se estende ao longo de mais de três quilómetros não encerrarem, como está previsto, motivando a sua deslocação para o sopé de uma pequena colina onde em tempos recentes funcionava o mercado local, o visitante — pelo menos aquele que não limita a sua estadia a resorts — não encontrará melhor alternativa, tanto pela qualidade da comida (especialmente peixe e marisco, sempre frescos), como pelos preços em conta. De entre os que experimentei, o Mr. Ko Ye figura como o meu favorito. Para comida ainda mais caseira e num ambiente tipicamente birmanês, terá de se deslocar a Ngapali Junction, não muito longe do aeroporto, para se deliciar com a extraordinária gastronomia do Mon Ma-Lay 3. Entre os hotéis, não deixe de experimentar o Lilli’s Bar.

Onde dormir

Se o ideal de viagens contempla o luxo, o Amata Resort & Spa (www.amataresortnspa.com/), sobre a praia, é talvez a melhor opção. Os preços dependem da localização, se têm ou não vista para o mar, e vão desde os 220 aos 460 dólares, contemplando ainda outros intermédios, entre os 260 e os 320. Ngapali Beach não é propriamente um lugar barato em termos de alojamento mas há algumas alternativas em conta, como o Laguna Lodge (cerca de 60 euros por noite), com quartos rústicos e elegantes (www.lagunalodge-myanmar.com) ou, ainda mais acessível mas sem panorâmica sobre a Baía de Bengala, o Mememto Resort (ngapalimementoresort@gmail.com), com facilidades básicas e uma tarifa entre os 25 e os 40 euros).

Informações úteis

Os cidadãos portugueses necessitam de visto para entrar na Birmânia. Em Portugal, não há qualquer representação diplomática mas pode tentar obter autorização para entrar no país através de alguns sites (visto à chegada) ou, ainda mais barato e eficiente, enviando passaporte, duas fotografias, formulário devidamente preenchido, 25 euros num envelope (contendo um outro com a sua morada e dinheiro suficiente para um selo de retorno) para a embaixada em Paris (60, Rue de Courcelles 75008-Paris), que se encarregará de lhe fazer chegar, em duas ou três semanas, o visto — também pode ser obtido nas embaixadas da Birmânia em Kuala Lumpur ou em Banguecoque, um processo rápido e pouco dispendioso.

Um euro equivale a pouco mais de 1300 kyats, a moeda local. Depois de um período de total isolamento, desencorajando os turistas a visitar o país, a Birmânia abre as suas portas e nas grandes cidades já há, desde 2012, caixas multibanco, ao contrário do que acontece em Ngapali Beach. De qualquer forma, um pouco por todo o lado, seja em hotéis ou em pequenas lojas de comércio, é fácil cambiar euros ou dólares americanos (estes últimos gozam de maior aceitação e não raras vezes é possível efectuar pagamentos nesta divisa). Para quem, estando instalado em Ngapali Beach, se vê obrigado a recorrer a um banco ou a uma caixa multibanco, a solução passa por uma curta viagem a Thandwe, cidade mais próxima, podendo utilizar táxi ou os rudimentares (mas baratos) transportes públicos, numa viagem que demora pouco mais de trinta minutos.

--%>