Fugas - Viagens

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Saia de casa e leve os miúdos

Matagais: “Zonas onde outrora existiram bosques, mas que arderam ou foram cortados (para fazer agricultura, por exemplo).” Há por todo o país e são o habitat do lince-ibérico, já quase extinto. Mais fácil será encontrar coelhos a correr pelos matagais.

Montanhas: as “mais conhecidas são as da serra da Estrela e do Gerês, que não se destacam por ser muito altas, mas por albergarem muitas espécies de fauna e de flora”. Um dos seus habitantes mais famosos é o lobo, “com sorte poderás ouvir um”. Na Madeira, não se pode perder uma visita ao Pico do Areeiro, ao Pico Ruivo e “a todo o maciço interior da ilha”. Nos Açores, há que ir até à montanha do Pico, “a mais alta do país”. Nas ilhas do Pico, Terceira e Flores, pode-se encontrar a tal floresta única, a Laurissilva. Na ilha de São Miguel, é possível avistar “uma das espécies de aves mais raras da nossa fauna – o priolo”, que se passeia pela serra da Tronqueira.

Escarpas: são habitats fundamentais para muitas espécies e localizam-se junto aos grandes rios. São eles o Tejo, o Douro e o Guadiana. “É nas zonas mais interiores do país, onde fazem fronteira com Espanha, onde são particularmente bonitos.” Aqui se avistam com facilidade abutres, grifos e outras aves de rapina. “Os veados também são comuns por estas paragens, sobretudo no Tejo internacional.”

Vamos à praia

Praias: não é só no Verão que as praias ali estão para nós. E para muitos outros “bichos”. Por serem o ponto de encontro entre a terra e o mar, aí se juntam as espécies que existem em cada um. Daí serem “tão ricas em fauna”. Nas praias de rocha, há estrelas-do-mar, mexilhões, ouriços ou caranguejos. Nas de areia, amêijoas, “que vivem enterradas na zona da rebentação”, ou pilritos, “que andam a fugir às ondas para comer as amêijoas…” Mas, “com umas barbatanas e uns óculos de mergulho, podemos descobrir todo o mundo subaquático”.

Ilhas: “Por estarem rodeadas de mar, muitos dos animais que lá vivem não conseguem sair e evoluem de forma isolada, dando origem novas espécies. São as espécies endémicas, “que não existem em mais lado nenhum”. Isto tanto acontece na Madeira e nos Açores, como na Berlenga, mais próxima do continente. “Em todas elas existem importantes colónias de aves marinhas.” Para ver baleias e cachalotes, as ilhas dos Açores são “um dos melhores lugares do mundo”.

Rios, estuários e lagoas: são zonas húmidas que estão entre os locais onde se podem ver mais espécies de animais e plantas. Destaque para os estuários dos rios Tejo, Sado, Mondego e Guadiana e as rias de Aveiro e de Faro (ria Formosa). “As aves são o que se vê em maior abundância (podem ser mesmo muitos milhares), mas os anfíbios também se destacam.” Também as lagoas costeiras são bons locais de visita, casos da de Albufeira e Santo André, mas também a Albufeira de Alqueva (artificial).

Campos agrícolas e pastagens: mesmo os locais cultivados por nós, os humanos, atraem muitos animais. Como apreciam alimentos como cereais, legumes ou frutas, “elegem estes locais para se alimentar ou fazer os seus ninhos (como a águia-caçadeira, que gosta de esconder os ovos no meio das searas alentejanas)”.

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