Fugas - Viagens

  • Adriano Miranda / Público
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Afinal o Sal tem mesmo tudo incluído

Por Mara Gonçalves

Disseram-nos que a ilha com maior tradição turística em Cabo Verde seria apenas um “nô stress” de calor, praias de areia fina, mar quente e piscina, mas basta fugir um pouco da horda de turistas para encontrar também um lado (ainda) genuíno do Sal.

Um prato solitário senta-se no centro da mesa, a toalha de plástico florida levemente molhada da humidade tenta esconder a rudeza da esplanada improvisada. Maria Lunguinha, na casa dos 60, boné do FBI, bata aos quadrados, senta-se num banco de madeira forrado a colchão e tapetes enquanto espera que as espetadas de porco e as pernas de frango acabem de assar. Espera ela e esperamos nós, que a primeira dose já foi, a seguir vem moreia frita.

Neste restaurante, que recebe o nome da proprietária, come-se sem pudor: à mão e apenas com cerveja como guarnição. Já é noite e, apesar de o vento nunca dar descanso, não sentimos frio nenhum neste canto perdido de Espargos, capital da ilha. Lá dentro, a televisão grita o novo programa de João Baião, levando-nos por momentos a Portugal. Será preciso um esforço muito maior para nos lembrarmos que estamos no Sal, até há bem pouco tempo e durante décadas a ilha mais turística de Cabo Verde (ultrapassada nos últimos anos pela vizinha Boa Vista). Não podíamos estar mais longe do luxo dos resorts de Santa Maria e, no entanto, não andámos 20 quilómetros.

Todos os anos, mais de 18 mil portugueses (entre 188 mil turistas) rumam à ilha do Sal para umas férias do melhor dolce far niente, versão morabeza cabo-verdiana. São dias de banhos de sol e água morna, praias de areia lisa e hotéis sobre a linha de costa onde tudo vem incluído, da comida à constante animação. Para muitos será o quanto baste para valer a pena as quatro horas de voo a partir de Lisboa, para outros seria o suficiente para riscar a ilha dos destinos futuros. Mas até o desértico Sal tem um lado menos turístico para descobrir, basta deixar o conforto do hotel e aventurar-se pelos vilarejos, correr os caminhos de terra batida e encontrar os cenários mais pitorescos ou simplesmente conhecer o viver das gentes locais. Se não for adepto do turismo (exclusivamente) balnear (claro que pode nunca ir à água, mas estaria a perder o principal ex-líbris da ilha), o Sal também é para si.

Comecemos no miradouro de Espargos. É paragem obrigatória de qualquer excursão, bem sabemos, mas se, tal como nós, chegar e partir nos voos da noite, é daqui que terá a melhor vista sobre este pedaço de Cabo Verde. No caminho desde Santa Maria, onde fica a grande maioria dos hotéis, já viemos a tirar as medidas à ilha: é pequena — em menos de 20 minutos galgámos dois terços numa recta de alcatrão (no total são 30 quilómetros de comprimento); magra — em várias zonas conseguimos vislumbrar mar de um lado e do outro e agora também (12 quilómetros de largura); e lisa — uma planície árida de parca vegetação, aqui e ali umas acácias deitadas sobre a estrada, vergadas aos ventos alíseos vindos do continente africano. Mas daqui de cima a panorâmica chega a ser desoladora, uma vastidão de um nada cor de terra, uma mão cheia de pequenos montes solitários (o maior tem pouco mais de 400 metros de altitude), casas que desaparecem mal acabam os limites da capital. Dizem que a paisagem é lunar, mas só nos lembramos das imagens recentes de Marte e dos filmes perdidos pelo faroeste.

“O Sal é salgado”, atira João, 27 anos, um cabo-verdiano de Santiago que ali encontrámos a contemplar a mesma vista. Na Cidade da Praia era agricultor, mas aqui nada se produz. Das batatas à mandioca, das bananas à manga, das cebolas aos amendoins, tudo vem de barco ou de avião a partir de outras ilhas ou do Senegal, explicar-nos-ão pouco depois no minúsculo mercado local. Aqui até as casas são da cor do terreno, as fachadas pintadas de tons garridos (principalmente no centro histórico) mas com um ar eternamente inacabado. “Enquanto a casa está em construção não pagam impostos, por isso muitas vezes deixam os ferros de fora”, explica Emídio Simões, dono do barco onde mais tarde descobriremos o fundo do mar e que é o nosso guia por estes dias. Por exemplo, em Chão Matias, um bairro de Espargos, uma fachada rosa-bebé tem uma águia do Benfica desenhada ao pormenor, mas o resto é cimento (a grande maioria dos cabo-verdianos são de um clube português — encontramos muitos benfiquistas e sportinguistas — e até o símbolo da Associação Académica do Sal é uma cópia da Académica de Coimbra, a “cabra” substituída pela torre do aeroporto).

Ali perto, o passeio da rua principal enche-se de “lojas” a céu aberto: um costureiro, um sapateiro, pirâmides de tops, calças e equipamentos desportivos, roupas muitas vezes usadas que sapatos desirmanados seguram contra o vento, outras ainda dentro dos bidões onde chegaram desde os Estados Unidos e do Brasil. De repente, pára uma carrinha de caixa aberta, um pedaço de bluefish (anchova) largado numa caixa de plástico, outra faz as vezes de mesa de retalho. Em tronco nu e a pingar de calor, o vendedor pesa uma posta na balança de mão, arranca vigorosamente a pele, corta em filetes. “Um quilo custa 250 escudos e cozinha-se como o atum”, dizem-nos. Em menos de nada já há quem leve o jantar num saco de plástico.

Vilas típicas e natureza

A escassos minutos do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral (que até 2005 era o único no país a receber voos internacionais), Espargos é a maior cidade da ilha e onde se concentram grande parte dos serviços, dos equipamentos culturais e desportivos e um inesperado número de lojas de chineses. “Vieram complicar o comércio local, porque vendem não só as coisas deles, como roupa e produtos alimentícios”, lamenta Emídio. É na capital que se cruzam as escassas artérias alcatroadas, mas até à Buracona, uma das principais atracções do Sal, apenas um infinito chão pedregoso, um caminho que se adivinha somente nos leves sulcos deixados no vaivém de carrinhas, pick-ups e motos 4 atulhadas de turistas.

A meio do percurso, miragens de água no deserto rochoso e outra que, de tão inusitada, também nos parece irreal. No meio deste nada ergue-se o atelier-bar de Emanuel: um círculo de brita delimitada a pneus, uma redonda loja de madeira e folhas de palmeira onde encontramos algum do pouco artesanato genuíno da ilha (e não importado com a vaga de vendedores senegaleses). Emanuel divide o espaço com outros dois artesãos: um pinta tartarugas numa garrafa forrada com areia da ilha, o outro cola palitos de fósforo sobre uma pequena guitarra. “Antes vendia às lojas, mas não compensava porque as garrafas, por exemplo, vendia a oito euros e depois eles vendiam a 25”, conta. “Aqui todos os dias passam turistas no caminho para a Buracona e alguns sempre levam alguma coisa.”

Mas afinal o que é a Buracona? Uma língua de água salgada encravada entre rochas vulcânicas, formando uma piscina natural. Foi preciso alguma ginástica para descer por entre as pedras, mas lá mergulhamos. Ouvimos o mar atrás das paredes negras, temos peixes e pequenos caranguejos por companhia, água amena onde, após leves braçadas, já não se vê o fundo. Onde não nos atrevemos a molhar é no odjo azul, uma gruta em forma de poço onde o sol do meio-dia entra para criar na água o reflexo de um pequeno olho de exuberantes tons de azul (fenómeno denegrido pela quantidade de lixo acumulado junto às paredes). No cimo de tudo, um bar de praia ao mais moderno estilo ocidental e está visto. Voltemos aos solavancos, agora em direcção à vila piscatória de Palmeira.

Assomamos ao minúsculo cais onde chegam os barcos de pesca e a primeira coisa que vemos é um tubarão-martelo, as entranhas de fora. Em movimentos rápidos e concentrados, os pescadores limpam o peixe, cortam e salgam a carne. A cabeça jaz esquecida junto às escadas e dali já só aproveitarão a queixada, que pouco depois um miúdo retira pacientemente — um souvenir que custará aos turistas entre cinco a dez euros numa loja. No Sal, o tubarão — martelo, branco, azul — pesca-se de Abril a Setembro e é depois cozinhado em filetes, rissóis ou pastéis, explicam-nos entre a azáfama. No entanto, preferimos vê-los a mergulhar nas ondas da Baía da Parda, apesar de ser preciso ter água quase pela cintura e algum golpe de vista para vislumbrar as barbatanas castanho-acinzentado dos tubarões-gata na espuma da ondulação. “Vê-se melhor na maré alta”, desculpa-se Wualter, 14 anos, guia turístico aos tubarões desde os sete, um boné dos “Sharks” (tubarões em inglês) que confessa usar estrategicamente “por causa dos turistas”.

A Baía da Parda, o único sítio da ilha onde se vêem tubarões tão perto da costa, fica a cerca de quatro quilómetros das salinas de Pedra de Lume, outra das principais atracções turísticas. Vale a pena percorrer uns metros extra e subir à boca deste antigo vulcão para uma ampla vista sobre a cratera: um gigante quadriculado de sal e água ligeiramente rosada, onde pouco depois teremos um banho entre o retemperador e o cómico. O corpo deixa de nos querer obedecer, governado pela elevada concentração de sal na água, e só se consegue boiar. À saída, uma fina camada de sal cobre-nos como uma segunda pele, o rosto salpicado parece ter esfoliante (visitar as salinas custa cinco euros, o duche de água doce que apaga esta sensação é outro euro). Hoje em dia, ainda existe exploração salineira em Pedra de Lume, mas a produção é residual comparativamente com o final do século XIX e início do século XX, então a actividade económica principal da ilha. O antigo teleférico que transportava o sal até ao porto e as carcaças de cargueiros desfeitas em ferrugem são memórias desse tempo, agora ao abandono.

Música para os ouvidos

Regressamos a Santa Maria, no sul da ilha, o centro turístico do Sal, onde se concentra a larga maioria de hotéis, lojas de artesanato, restaurantes e vida nocturna. Depois de um passeio no Neptunus — onde vimos o que resta de um cargueiro naufragado emoldurado por dezenas de peixes coloridos, entre sargos, trompetes, bicas e lampreias —, a verdade é que só nos apetece aterrar numa espreguiçadeira, deixar o corpo amassado pelas estradas de pedra retemperar-se horas a fio no oceano. É que, apesar de tudo, é este o cartão postal da ilha: praias de areia branca e sedosa (o areal de Santa Maria será provavelmente o melhor) e um mar morno, de um arco-íris verde e azul, tão cristalino que por vezes se vislumbra a sombra dos pequenos barcos na areia submersa.

Vale a pena embrenharmo-nos pelas ruazinhas da vila e visitar o cais pela manhã para assistir à chegada dos pescadores, mas sabe ainda melhor deixarmo-nos contagiar pela amabilidade e alegria de viver despreocupada dos cabo-verdianos. Não é à toa que todos nos repetem até à exaustão que estamos na terra do “nô stress”. Aqui a vida discorre lentamente, ao ritmo das mornas e coladeiras que se ouvem pelos bares de música ao vivo (entre alguns clássicos do rock, sonoridades portuguesas e brasileiras). Quando lá estivemos tivemos a sorte de ouvir o clássico Dança Ma Mi Criola, cantada pelo próprio Tito Paris e um uníssono de vozes num pequeno bar de Santa Maria (o músico cabo-verdiano, actualmente a viver em Lisboa, estava no Sal para a colocação da primeira pedra do Hotel Hilton que em 2016 nascerá na ilha, o primeiro da cadeia em Cabo Verde). Mas é o lema que Djila (irmão do músico salense mais conhecido, Ildo Lobo) canta numa outra noite que se instala em nós. Afinal de contas “o Sal é sab (bom), o Sal é doce”.

 

Salinas Sea: Um cinco estrelas perto do mar, perto de tudo

Abriu recentemente na ilha do Sal o primeiro hotel cinco estrelas em Cabo Verde do grupo Oásis Atlântico. Paredes meias com o Belorizonte, também da cadeia hoteleira portuguesa, o Salinas Sea é, antes de tudo, uma aposta certeira na localização: acordamos e temos a piscina aos pés, o oceano a um passo, a vila de Santa Maria a menos de cinco minutos. Há mesmo quem esteja à beira da piscina, saia para ir dar um mergulho de mar e regresse.

O hotel dispõe de 337 quartos, piscina de água doce e outra para crianças, Kids Club, Internet wireless em todo o edifício, ginásio e vestiário junto à recepção para partidas tardias. Quando o visitámos, a sala de jogos estava prestes a abrir, o spa estava prometido para o fim de Junho e a construção do bar da praia deveria estar concluída em Julho. Tem dois restaurantes: Tabanka (buffet internacional, com noites temáticas de gastronomia) e Tradiçon (à la carte, funciona apenas ao jantar). Quem ficar alojado no hotel por mais de sete noites em regime de tudo incluído recebe um voucher de acesso ao Tradiçon para um menu de degustação.

O Salinas Sea organiza actividades na piscina e na praia durante quase todo o dia, mas decorrem de forma discreta, sem incomodar quem não esteja interessado em participar. As aulas de aeróbica, aquagym e zumba são as mais concorridas, garante-nos a animadora Yasmin, mas também há jogos de futebol, voleibol e petanca na praia e aulas de crioulo e de uril (jogo típico africano) junto à piscina. É ainda possível receber uma massagem relaxante numa tenda de inspiração asiática localizada no jardim do hotel, que se manterá aberta após a inauguração do spa (uma equipa de terapeutas portugueses é responsável pelos dois espaços e terá também serviço de massagens no Belorizonte). Todas as noites entra em palco um espectáculo diferente junto aos restaurantes, entre shows cabo-verdianos, danças tradicionais e música ao vivo com artistas locais.

Quando ir

Qualquer altura do ano é boa para visitar a ilha do Sal, pois as condições climatéricas não variam muito: há quase sempre calor (temperaturas entre 20ºC e 30ºC) e mar morno todo o ano (a rondar os 24ºC). O vento é presença constante, disso dificilmente escapará, mas se chover é apenas por Agosto (dizem que quando chove, o que é raro, são aguaceiros fortes, mas curtos, e em menos de nada está tudo seco de novo). Se quiser fugir às hordas de turistas, evite as épocas altas: de Outubro a Dezembro, a ilha enche-se de nórdicos, em Julho e Agosto são os portugueses, italianos, franceses e espanhóis que invadem o Sal.

Como ir

A TAP tem voos directos para o Sal a partir de Lisboa (todos os dias, excepto terça-feira), mas geralmente é mais económico optar por um dos pacotes turísticos existentes no mercado. Para reservas antecipadas até 30 de Junho, a Soltrópico tem saídas às quintas, sextas sábados e domingos com preços a partir dos 558 euros (para reservas antecipadas até 15 de Julho, os preços começam em 697 euros). A Solférias tem pacotes a partir de 619 euros, com voos a partir de Lisboa e do Porto (desta última, apenas voos charters TACV ao domingo, de 29 de Junho a 14 de Setembro). Já a agência Abreu tem pacotes a partir de 697 euros. Em todas as ofertas, o preço inclui setes noites de alojamento, voos, taxas e visto.

Onde ficar

Existem muitas opções de alojamento na ilha, com tipologias e regimes diferentes, desde resorts, bungalows ou hotéis de charme, do pequeno-almoço ao tudo incluído. Durante a campanha Famílias Verão 2014, o Salinas Sea, onde a Fugas esteve alojada, tem quartos duplos em regime tudo incluído a 131 euros por noite, onde as crianças até aos 12 anos não pagam.

O que fazer

As principais atracções turísticas são as salinas de Pedra de Lume (5€) e a Buracona, visitas que estão geralmente integradas nos passeios à volta da ilha: de carrinha demora 4h30 e custa 15€, mas a viagem também pode ser feita de buggy (30€/dia), mota (35€/dia) ou moto 4 (75€/dia). É possível ainda alugar um carro desde 46€ por dia. Há passeios a cavalo (25€/hora) e de barco — ver o fundo do mar no Neptunus custa 33€; uma volta de catamarã custa entre 40€ e 53€; e no veleiro Go Sailing Morgana custa 60€. É também possível viajar num trimarã até à vizinha ilha da Boa Vista (146€), fazer snorkeling (25€) ou pescar (na rocha custa 50€; de barco custa 60€). A ilha do Sal tem também boas condições para a prática de surf, windsurf e kitesurf (existindo várias lojas de aulas e aluguer de material) e para observação de vários animais marinhos (golfinhos e tubarões durante todo o ano; baleias piloto até Abril/Maio e tartarugas a partir de Junho). A Turtle SOS organiza passeios de observação das tartarugas a 25€ por pessoa.

À noite, em Santa Maria, é possível ouvir música ao vivo no bar Buddy (todos os dias) e no Ocean Café (ao fim de semana), enquanto a discoteca Calema agita as noites até de madrugada. Em Espargos, o Caldera Preta, do cantor Mirri Lobo, tem concertos com regularidade.

O que comprar

Existem muitas lojas e bancas de artesanato, sobretudo senegaleses. Aqui a regra é regatear, regatear, regatear. Para produtos mais regionais, existe o atelier-bar Mirage (entre Espargos e Buracona) e, em Santa Maria, a loja Rabidanti (do Turismo Sustentável em Cabo Verde), a loja do Ocean Café e do restaurante/mercado Genuine. Tenha em atenção que muitas lojas fecham ao sábado à tarde e ao domingo.

Onde comer

Existem muitos restaurantes na ilha do Sal e os preços por refeição rondam os de cá. Em Palmeira, o Nós Pimba tem marisco para todos os gostos: perceves, cracas, lapas, búzios, polvo, lagosta. O Maria Lunguinha, em Espargos, tem boa carne de churrasco e moreia frita. Em Santa Maria, o Pubim serve pratos cabo-verdianos, o Farolim tem peixe e marisco e uma vista soberba sobre a baía. A não perder: cachupa (prato típico semelhante a feijoada), peixe fresco, marisco, grogue (aguardente de cana de açúcar) e ponche (mistura de grogue e mel).

Informações

A moeda utilizada é o escudo cabo-verdiano, mas o euro é aceite em praticamente todo o lado (1€ equivale a cerca de 110 escudos cabo-verdianos). A língua oficial é o português. Não são precisas quaisquer vacinas, mas é necessário ter o visto — pode ser pedido antecipadamente em Portugal ou adquirido à chegada, no aeroporto (custa 25 euros) e é aplicada uma taxa hoteleira de dois euros por noite a cada turista com mais de 16 anos (paga localmente no hotel).

A Fugas viajou a convite do grupo Oásis Atlântico e da TAP

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