Fugas - Viagens

  • Amalfi
    Amalfi Stefano Rellandini/Reuters
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  • Limão de Sorrento na horta do Don Alfonso
    Limão de Sorrento na horta do Don Alfonso DR
  • O ambiente de uma das noites do Festavico
    O ambiente de uma das noites do Festavico DR
  • Tortellini de queijo pimenta, amêijoas e funcho, do restaurante Quattro Passi
    Tortellini de queijo pimenta, amêijoas e funcho, do restaurante Quattro Passi DR

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Da península de Sorrento à costa amalfitana: uma viagem gastro(e)motiva

O terceiro o vértice deste triângulo duplamente estrelado é o Don Alfonso (Corso Sant’Agata, 11, Sant’Agata sui Due Golfi; tel.: +39 081 878 0026), no interior da península de Sorrento. Trata-se de uma verdadeira instituição em Itália (com ramificações ao Dubai e a Macau), sendo procurado não apenas por causa do restaurante, mas, também, pelas actividades criadas em seu torno, como sejam as aulas de cozinha, a visita à impressionante adega ou a compra de produtos emblemáticos da casa, como o limoncello, as massas ou o azeite. Menos conhecida, mas muito interessante, é a oportunidade de visitar (por marcação) a horta donde provêm muitos dos produtos da casa. Para se perceber a importância que lhe é dada, refira-se que foi vendida uma das casas de família para comprar esta propriedade que se desenvolve por patamares, junto ao mar, com uma vista incrível para a ilha de Capri. Na quinta existe uma pequena casa com cerca de 400 anos que nunca foi recuperada. É que, como nos confessa com orgulho o nosso guia, “todo o investimento é absorvido pela horta”,  que comporta vários hectares de oliveiras e limoeiros.

Mas viajar pelas costas de Amalfi e Sorrento não significa passar os dias a comer em restaurantes de topo (onde os preços médios andam entre os 100€ e os 200€ por pessoa). Existem muitos restaurantes simples e acessíveis onde se pode comer bem, sobretudo nas pequenas localidades. Entre eles estão as populares pizzarias e entre elas a Pizza a Metro da Gigino (Via Nicotera, 15, Vico Equense; tel.: +39 081 87988309), também conhecida como a Universidade da Pizza. O nome vem do formato ao comprido, uma tradição única no país, criado nos anos 1930 e que chegou aos dias de hoje com enorme sucesso, a ver pelos 1400 lugares que comporta o restaurante.

Às compras

Antes de abandonar a região é impossível não querer levar alguns produtos de excelência que aqui se produzem. Para tal, há que saber onde comprá-los, de modo a evitar as habituais armadilhas para turista. Na loja da Caseificio de Fernando de Gennaro (Via R. Bosco 956 - Loc. Seiano - Vico Equense; tel.: +39 081 8028185) vendem-se queijos produzidos artesanalmente ali, há cinco gerações. De todos destacam-se a fiordilatte (semelhante ao mozarella mas feito com leite de vaca) e o provolone del Mónaco DOP. Este último, também de leite de vaca (com 35% proveniente de raça charolesa), passa por um período de cura mínimo de seis meses, que lhe dá um sabor intenso e concentrado, além de um ligeiro pico no céu da boca. Imagine-se a potência de um provolone destes com um ano de cura, ou ainda mais, com oito anos!, como os que se encontram em estágio, às dezenas e dezenas, na cave da queijaria.

É por estes lados que Gennaro Esposito abastece o seu restaurante Torre del Saracino, tal como no La Tradizione (Via R. Bosco, 969 Vico Equense; tel.:+39 081 8029791), onde se encontra tudo o que de melhor se produz na Campânia (e não só). A loja é próxima do Hotel Moon Valey e uma vez encontrada deixe-se guiar pelos proprietários Salvatore de Gennaro e Annamaria Cuomo — com direito a experimentar a mercadoria ou mesmo uma refeição ligeira. Queijos, vinhos, enchidos, grappas, azeites, diversos tipos de pão e massas artesanais de Gragnano são algumas dos produtos que preenchem as prateleiras, na sua maioria provenientes de pequenos produtores.

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