Fugas - Viagens

  • Vista da muralha Mosteiro de Santa Clara
    Vista da muralha Mosteiro de Santa Clara Miguel Nogueira
  • O aviso, em português, de que o funicular está fora de serviço
    O aviso, em português, de que o funicular está fora de serviço Miguel Nogueira
  • Cemitério Prado do Repouso
    Cemitério Prado do Repouso Miguel Nogueira
  • A ver o Douro
    A ver o Douro Miguel Nogueira
  • Miguel Nogueira
  • Mercearia São Nicolau
    Mercearia São Nicolau Miguel Nogueira
  • Cartazes num muro do bairro São Nicolau, Bonfim
    Cartazes num muro do bairro São Nicolau, Bonfim Miguel Nogueira
  • A ver o Douro
    A ver o Douro Miguel Nogueira
  • A ver o Douro e as pontes
    A ver o Douro e as pontes Miguel Nogueira
  • Na imagem, vêem-se lavatórios de casas de banho comunitarias
    Na imagem, vêem-se lavatórios de casas de banho comunitarias Miguel Nogueira
  • Bairro Herculano
    Bairro Herculano Miguel Nogueira
  • Mercearia do sr. Armando, Bairro Herculano
    Mercearia do sr. Armando, Bairro Herculano Miguel Nogueira
  • Capela dos Alfaiates
    Capela dos Alfaiates Miguel Nogueira
  • Muralha do Mosteiro de Santa Clara
    Muralha do Mosteiro de Santa Clara Miguel Nogueira
  • Mosteiro de Santa Clara
    Mosteiro de Santa Clara Miguel Nogueira
  • Ilha São Nicolau
    Ilha São Nicolau Miguel Nogueira

Continuação: página 4 de 4

O Porto é uma estória que Germano Silva lhe vai contar

Saímos para o Largo de Soares dos Reis e Germano podia apenas apontar para o edifício ali ao lado e lembrar-nos que ali funcionou a sede da Pide. Mas, isso, não seria típico de Germano. O que ele nos conta é que havia uma jovem portuense que, determinada a casar rica, partiu para o Brasil em busca desse pretendente sonhado. Encontrou-o e regressou a Portugal, com 16 anos, casada com “um riquíssimo general” com mais de 80 anos. Instalaram-se ali, naquela casa e, após um dia mais agitado em que o velho participara num desfile ataviado com farda e condecorações, este regressou a casa, afogueado e assumindo-se cansado, sentou-se no cadeirão e morreu. “A jovem viúva não se atrapalhou e mandou chamar um pintor para que fizessem o retrato do marido, ali sentado, e diz-se que a pintura ainda demorou uns dias”, sorri.

O retrato, garante, ainda existe, noutro edifício. E, depois, Germano despede-se e vai embora. Não quer boleia. Vai a pé até ao metro e há-de continuar a pé até ao próximo destino. O Porto já não deve ter segredos para ele, mas já não pode mostrar-lhe o que ele mais gostava de ter visto — apenas porque já não existe. “A calçada de Vandoma, quando ali viviam os Távoras. Era ali que ficava o aljube eclesiástico, era a entrada principal na cidade antiga.”

--%>