Fugas - Viagens

  • SIMON DESCAMPS/HEMIS/CORBIS

Continuação: página 4 de 5

Do tempo da cidade mais aborrecida não resta mais do que uma memória

O dia esgota-se e o apelo da noite, lançado a partir de bares cheios de jovens, é mais forte do que qualquer sintoma de cansaço. Josef Kleberc tem uma pergunta na ponta da língua: “Em que lugar do mundo se pode dançar com mulheres tão bonitas, comer e beber tão barato? Só em Bratislava. Aqui, todos os dias há uma festa e uma noite para recordar. Achas mesmo que é uma cidade aborrecida?”

Not at all!

Guia prático

Quando ir

O clima da Eslováquia sofre fortes influências da Europa Continental, com verões quentes e secos e invernos razoavelmente frios. Janeiro é, por norma, o mês mais frio, com temperaturas durante o dia na ordem dos zero graus, se bem que, de quando em quando, descem abaixo de zero, com ventos fortes e frios de nordeste (conhecido como Bora), especialmente nas regiões montanhosas, onde a queda de neve é frequente (uma média de 120 dias por ano, que baixa para 40 na parte mais plana do país). O Verão é a melhor altura para visitar a Eslováquia (os termómetros, durante o dia, andam pelos 22/25 graus mas podem chegar aos 30), sendo Julho o mês com melhor média (22 graus). Nessa altura (por vezes entre Maio e Setembro, os dias são quentes e as noites frescas). Ao fim do dia, no Verão, são habituais as trovoadas. Quanto a precipitação, as terras baixas da zona meridional apresentam uma média anual de 400mm, números que mais do que duplicam nas zonas montanhosas. Um corta-vento e um agasalho mais quente são aconselháveis nos meses de Verão, especialmente para os adeptos das caminhadas. 

Como ir

Chegar à capital da Eslováquia, de avião, pode revelar-se uma experiência complicada e demorada, uma vez que não existem voos directos entre Lisboa e o aeroporto internacional com o pomposo nome de Letisko Milana Rastislava Stefánica — em homenagem ao general que combateu ao lado do exército francês durante a I Guerra Mundial e que, de regresso à Eslováquia, pilotando um avião militar italiano, se despenhou próximo de Bratislava, na companhia de outros dois oficiais italianos. Uma das possibilidades passa, para quem vive no Porto, por viajar com a Ryanair até Barcelona, de autocarro até Girona e daqui até Bratislava. Dependendo das datas, a low-cost irlandesa tem tarifas entre Espanha e a Eslováquia a rondar os 60 euros, para um bilhete de ida e volta. De Lisboa, pode utilizar uma das companhias aéreas que servem Barcelona, como a TAP ou a Vueling. A melhor alternativa talvez passe por voar entre Lisboa e Viena e de comboio (apenas uma hora) entre a capital austríaca e Bratislava. Tendo como paralelo a última semana de Setembro, a Iberia, com uma escala curta de uma hora em Madrid, oferecia as melhores tarifas, a rondar os 250 euros. A Niki Air também liga Lisboa e Viena mas os preços ultrapassam, na avaliação feita, o dobro dos praticados pela companhia espanhola. Do Porto, com a Swiss e a Lufthansa, também é possível voar para a Áustria por cerca de 280 euros. Entre o aeroporto e a estação central de comboios, num percurso de 30 minutos e 90 cêntimos, as ligações são efectuadas pelo autocarro número 61, que também tem um serviço nocturno, designado N61.

--%>