Fugas - Viagens

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O salto quântico dos cruzeiros é um navio inteligente

Refeições dinâmicas

Esqueçam-se noites de gala e jantares com o comandante do navio. O Quantum of the Seas, ao contrário dos outros navios da Royal Caribbean, não tem uma sala de jantar principal com tudo o que tal implica: lugares e horas marcadas para as refeições incluídas no pacote de viagem. Aqui, a ideia é a da liberdade total,  num conceito que os responsáveis chamam de “jantares dinâmicos”. Cada um pode escolher entre os 18 restaurantes a bordo, entre novidades e velhos conhecidos da frota da Royal Caribbean, sendo que as reservas são imperativas em muitos deles e em alguns o preço não está incluído no pacote de viagem.

Entre estes últimos está, por exemplo, o Jamie’s Italian, assinatura do mediático chef inglês Jamie Oliver, o Wonderland Imaginative Cuisine, com uma decoração saída directamente do universo de Alice no País das Maravilhas e um menu onírico construído em torno dos cinco elementos ou o Michael’s GenuinePub, gastropub do chef Michael Schwartz; a contrabalançar, entre os de livre acesso temos desde a cozinha contemporânea (Chic) à confort food norte-americana (American Icon Grill), das saladas, sanduíches e pastelaria em diversos espaços ao tradicional buffet, o Windjammer (com uma nova área de grill aberta 24 horas), sem esquecer os cachorros-quentes e as pizzas. Se durante o dia deambulámos por vários destes sabores, aos jantares optámos pela fusão pan-asiática do Silk, em ambiente de boudoir oriental feito de veludos e drapeados vermelhos para refeição ao estilo familiar, pela cozinha internacional do (mais) formal The Grande Restaurant.

Camarotes, lofts e varandas virtuais

Não é novidade em alto-mar (outras companhias já os têm), mas é uma estreia na Royal Caribbean e, cremos, um salto na qualidade das viagens de alguns passageiros. Por isso começamos por eles, pelos camarotes interiores que agora oferecem vista — projectadas numa tela de cinema que ocupa a parede do camarote estão imagens do exterior, transmitidas em tempo real e com a imagem orientada pelo próprio movimento do navio, para não haver predisposições a enjoos. Ao estilo do cinema com sistema surround, são reproduzidos também os sons exteriores e pode regular-se (e desligar-se) tudo: som e imagem.

Ligar e desligar são também conceitos incontornáveis nos “camarotes familiares com ligação”, ainda que aqui de forma analógica. A ideia é alojar famílias maiores, podendo unir-se os camarotes — e até cantos do navios, formando uma espécie de apartamento com corredor. Do outro lado do espectro, há estúdios para ocupação single.

Verdadeiros apartamentos, mas em open space de dois pisos, são as suites Loft que desde logo deslumbram pelas vistas, dois andares de parede envidraçada (e varandas-terraços correspondentes). Os serviços (de concierge pessoal, por exemplo) e as amenities são diferenciadas nestas suites e uma delas tem mesmo jacuzzi no exterior. Há ainda outras três categorias de suites júnior — tudo junto, constitui a mais variada oferta de camarotes da Royal Caribbean.

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