As Histórias e as Fontes servem de base para a derradeira fase do programa, uma forma de promover o turismo que assenta em algumas figuras ligadas à cidade, como o já citado Adolf Loos e Ladislav Sutnar, também nascido em Plzen e nome destacado (alcançou um grande sucesso profissional e reconhecimento cultural na década de 1930) no mundo do design e do teatro (era um apaixonado pelas marionetas e durante parte da sua vida foi director de arte).
De uma das margens, tendo o rio como fronteira, pouso os olhos na cidade que se debruça sobre as suas águas, sem vontade de regressar a Praga e teimando em permanecer por ali, com todo o tempo, apenas pensando que, mesmo quando o crepúsculo já banha de dourado o Radbuza, há muito mais para ver na República Checa. E para beber.
- Por um preço mais em conta e sem as multidões de turistas de outras cidades, observa, cheia de razão, Helena Prokopová.
A noite não tarda a cair e envolve a cidade na sua tranquilidade. Nos bares, sob luzes mortiças, homens e mulheres, mais agitados, envolvem copos e canecas de cerveja com as suas mãos. Saia outra pilsner.
GUIA PRÁTICO
Quando ir
Estando numa zona temperada, pouco mais de 300 metros acima do nível das águas do mar, Plzen beneficia de um clima continental, verões que se prolongam encurtando as estações da Primavera e do Outono, enquanto os invernos são secos, embora com neblinas persistentes e, em média, pouco menos de dois meses de neve. Qualquer altura é boa para visitar Plzen mas, também em média, os meses com melhor temperatura são Julho e Agosto, sendo este último o mais húmido, Fevereiro o mais seco e Janeiro o mais frio.
Como ir
Plzen dista cerca de 80 quilómetros de Praga, para oeste, pelo que o aeroporto da capital checa é o mais conveniente para quem pensar em visitar a segunda maior cidade da Boémia, com um total de 170 mil habitantes. A TAP viaja directamente para Praga com uma tarifa a rondar os 220 euros (ida e volta) mas, mediante uma curta escala, pode poupar pelo menos 50 euros, recorrendo aos serviços da Lufthansa, da Swiss ou da Brussels Airlines. Desde o Aeroporto Internacional Václav Havel, saem com frequência autocarros (n.º 100) para o terminal de Praga-Zlicín, de onde partem, de hora a hora (em determinados períodos de meia em meia hora), autocarros da empresa Student Agency (www.studentagency.cz) para Plzen, um percurso de uma hora que custa 100 coroas. Uma vez no terminal, são apenas 15 minutos a pé até ao centro da cidade ou, em alternativa, o transporte público (o 11 ou 12 até à paragem de Mrakodrap ou o 2 até à Praça da República, Námestí Republiki). É igualmente possível utilizar o comboio para fazer a ligação entre as duas cidades mas a opção revela-se mais demorada e mais dispendiosa. Há ainda outra forma, talvez mais em conta, de chegar a Plzen: um voo desde Lisboa até Munique ou Nuremberga e, de uma ou de outra, de comboio até à cidade checa, por 50 e 40 euros, respectivamente (há dois serviços por dia).
Onde comer
Procurado por turistas e locais e anexo ao Brewery Museum, o Na Parkanu (www.naparkanu.com), na Veleslavínova, 4, a despeito de ser um pub, proporciona algumas delícias gastronómicas difíceis de igualar em toda a cidade, bem como cerveja de grande qualidade e um ambiente único. Outro pub, o U Mansfelda (www.umansfelda.cz), na Drevená, 9, é uma experiência a não perder, com uma cozinha tipicamente checa, boa lista de vinhos e, como não podia deixar de ser, estando em Plzen, cerveja que legitimamente goza de elevada reputação. Para os adeptos de comida orgânica, recomenda-se o Slunecnice (www.slunecniceplzen.cz), na Jungmanova, 10, onde uma boa refeição não custa mais de cinco euros.