Fugas - Viagens

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No Dubai come-se o mundo inteiro

E tem razão. Vamos aprender a fazer galinha galangal, seguindo atentamente as instruções para não errarmos na ordem dos ingredientes, depois enfrentamos um caril de pato assado (na verdade é mais Supattra que trabalha do que nós) e por fim avançamos para o enorme wok onde, no meio de um som que parece vir de uma forja, aprendemos a dominar a arte do fogo e, em poucos segundos, a cozinhar uma massa com ovos, camarões e vários outros ingredientes que lançamos à medida que as cozinheiras nos indicam, quase sem conseguirmos pensar. Mas a verdade é que no final fica óptimo, e nem percebemos bem como é que não deixámos queimar tudo.

É tempo de seguirmos para a sobremesa, que nos vai ser mostrada por outra chef. Usamos castanhas de água, que ganham cor e sabor num xarope de groselha, e que são servidas com leite de coco. Depois de tantos sabores fortes, é com esta sobremesa refrescante, que comemos na esplanada à beira da marina, que nos despedimos da Thai Kitchen, levando connosco um caderno de receitas que prometemos experimentar mal regressemos a casa.

Peixe e marisco em tons asiáticos no Four Seasons

Num emirado onde não param de inaugurar hotéis, a mais recente coqueluche é o Four Seasons Dubai at Jumeirah Beach que, ao contrário da maioria dos outros hotéis, não fica na Business Bay mas sim junto à praia, na muito apreciada área de Jumeirah.

Jantámos no Sea Fu, um dos restaurantes do resort dois meses depois da abertura. Naquele que é (ainda) o Inverno do Dubai, as noites ficam ligeiramente frescas, mas isso não impede um jantar no exterior. O chef Pierre Batusta é francês mas de origem vietnamita, e com formação na cozinha francesa clássica, que cruza aqui com sabores asiáticos. No Sea Fu trabalha, como o nome indica, sobretudo peixes e mariscos — e de forma excepcional.

O jantar começou com dim sum variados, de vieira, galinha, camarão, vegetais e pato. Seguiu-se uma tosta de “areia” de parmesão com tomate e vegetais e uma gelatina de manjericão, com um gelado de pimenta de Szechuan; e um carpaccio de robalo com abacate e alho negro. O prato principal foi um delicioso peixe-carvão do Pacífico com uma salada de papaia. E a sobremesa, criação do chef de pastelaria David Peduzzi, foi uma mousse de beterraba e coentros com gelado de framboesa e mousse de wasabi.

O Afternoon Tea no Burj Al Arab

Uma ida ao Burj Al Arab é quase uma peregrinação. Mas para entrar num luxuoso hotel de sete estrelas (uma classificação informal, dado que a categoria não existe oficialmente) é preciso ter uma reserva de um quarto ou em algum dos restaurantes. Nós tínhamos para um Afternoon Tea no Skyview Bar, no topo do hotel.

Mas, antes disso, há o hall de entrada. É aí, perante uma enorme escadaria-fonte, ladeada por escadas rolantes encostadas a paredes-aquário onde nadam peixes coloridos, que todos os que entram no hotel param, cabeças inclinadas para trás, ar de espanto, câmaras fotográficas em posição. É preciso encontrar o melhor ângulo para apanhar toda a cornucópia de kitsch, em brancos, dourados e azuis, que sobe para um estonteante ponto de fuga.

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