Fugas - Viagens

  • Futuroscope visto do Aérobar
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  • La Boule de nuit
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  • Danse avec les Robots
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  • Le Petit Prince
    Le Petit Prince

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Haverá ratos a espirrar-lhe na cara e talvez ache que vai morrer num carro de Fórmula 1. Mas vai adorar

Depois de passarmos pela antessala com um filme (pouco atractivo) da região, sentamo-nos nas cadeiras individuais frente a um ecrã gigante. Estamos presos, bem presos, mas não há óculos 3D, desta vez. Hum… Qual será a piada disto? Lá fora, como em vários outros divertimentos, havia avisos a indicar que a sessão é interdita a grávidas, pessoas com problemas cardíacos ou de coluna. Hum… O que é que virá aí? Nós não sabíamos, não sabíamos mesmo. Não esperávamos muito, mas, como aconteceu várias vezes ao longo do dia, fomos brutalmente e agradavelmente surpreendidos.

O que se passa é uma viagem alucinante de um noivo que, a bordo de um comboio, descobre que está atrasado para o seu próprio casamento. Muito atrasado. Ele vai no comboio e a nossa cadeira oscila, com os tremores típicos das carruagens a percorrerem a linha. Quando ele se atreve a colocar a cabeça de fora, para tentar perceber melhor onde está, a corrente de ar que nos atinge é enorme, como se também estivéssemos a bordo. Ah!, então é isto. Aqui não são precisos óculos 3D. O poder das imagens que passam no ecrã, associado ao movimento da cadeira, com travagens, tremeliques, curvas e contra-curvas, é mais do que suficiente para nos pôr a cabeça a andar à roda.

Percorremos o mesmo caminho que o noivo aflito, entretanto ajudado por um simpático e alucinado espírito local. Vamos de barco por um lago, voamos, e, oh não!, vemo-nos em frente a um carro de Fórmula 1. Por esta altura já percebemos que aquilo não vai ser bom. Rimo-nos, nervosos, com o que aí vem. O noivo está ao volante, o carro acelera, pista fora, e nós pensamos que vamos morrer. Mas o pior é quando ele deixa a pista e se perde nas ruas de Chauvigny. Ruas estreitas, medievais, em que é preciso evitar a todo o momento um carrinho-de-bebé, um operário que está a sair de um qualquer trabalho no subsolo, pessoas que atravessam a rua, e um 2 Cavalos que teima em não nos sair da frente. Estamos enjoados. Mas isto não acaba? Se isto não acaba vamos vomitar. Estamos enjoados mas divertidos ao mesmo tempo, o que é uma sensação estranha. Se fecharmos os olhos, se calhar não custa tanto. Mas vamos fechar os olhos e perder a diversão? E isto não acaba? Mas é fixe, é tão fixe…

Quando saímos do Dynamic Vienne (e mais dinâmico do que aquilo era difícil), vamos finalmente até à Máquina do Tempo. Cá fora, um Rabbid gigante, com as suas características dentolas (dois dentes gigantes), saúda-nos. Lá dentro, o caminho até ao comboio que nos há-de transportar a uma versão da História muito especial, é, por si só, uma surpresa capaz de arrancar muitos sorrisos. Uma série de quadros famosos está pendurada na parede, mas com os loucos Rabbids a substituir as personagens principais. Alguns são estáticos, mas noutros as personagens movem-se, importunadas por uma mosca que passeia de tela em tela. Não há fila, mas se houvesse de certeza que a espera não iria custar, de tão entretidos que estamos a seguir as travessuras da mosca, neste corredor que também foi premiado, no ano passado, como Melhor Acesso a uma diversão.  No interior, há um comboio sem tecto que espera por nós, para nos mostrar como, afinal, os Rabbids (que por cá podem ser vistos no canal por cabo Nickelodeon) foram responsáveis pela descoberta do fogo, pela criação dos Jogos Olímpicos, pela dança da chuva ou a criação dos totens índios. Tudo isto visto através de óculos 3D, num comboio que oscila, onde sentimos em primeira mão os efeitos da dança da chuva e onde um súbito ar a passar-nos nos pés, quando uma cobra surge no ecrã, leva alguns dos passageiros a querer fugir dali.

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