Fugas - Viagens

  • Futuroscope visto do Aérobar
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  • La Boule de nuit
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  • Danse avec les Robots
    Danse avec les Robots
  • Le Petit Prince
    Le Petit Prince

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Haverá ratos a espirrar-lhe na cara e talvez ache que vai morrer num carro de Fórmula 1. Mas vai adorar

É uma experiência sensorial que enche as medidas aos espectadores que ocuparam a sala e que, desta vez, não precisaram sequer de pôr óculos 3D para se deixarem encantar. Anna, que é a nossa guia neste percurso pelo Futuroscope, com tudo organizado para que possamos tirar o maior partido do tanto que há para fazer (os responsáveis aconselham uma visita de dois dias, para que se possa experimentar tudo, mas nós só temos um, por isso há que andar depressa), pergunta-nos se é agora que queremos ir experimentar a Dança com os Robots.

King Kong e morcegos

Anna andava desde o dia anterior a falar-nos dos robots, nitidamente um dos seus momentos favoritos no parque. Mas nós estávamos um pouco apreensivos, já que a descrição que ela nos fizera era um pouco assustadora: “Braços robóticos de sete metros de altura, com mãos no topo, que têm cadeiras onde nos podemos sentar e que mexem em todas as direcções, à velocidade que escolhermos.” Hum… Será que queremos mesmo fazer isto?

É para lá que nos encaminhamos agora, convenientemente antes do almoço — se fosse depois, temíamos não aguentar a comida no estômago. Entramos no edifício e, lá dentro, levam-nos para uma passarela onde podemos ver a área onde estão os enormes braços robóticos. O cenário é o de uma discoteca gigante, com imagens do DJ Martin Solveig projectadas em alguns ecrãs. A experiência é curta, não dura mais do que uns 90 segundos, mas as pessoas que estão lá em baixo — sentadas nas mãos dos robots, a serem, literalmente, carregadas pelo ar até ficarem de cabeça para baixo, de pernas para o ar, virados para um lado, depois para o outro — parecem mesmo estar a divertir-se. Afinal, todos queremos experimentar. E no grupo de que fazemos parte há gostos para tudo: há quem queira experimentar a intensidade mais fraca (1), a média (2) e a mais forte (3). Cá de cima, as diferenças não parecem muito grandes, talvez a intensidade 3 se mova um pouco mais depressa. Ainda assim, experimentamos a 1, só para ver como corre.

Os robots dão cabo de nós! Rimos até mais não, gritamos como se não houvesse amanhã, rodopiamos no ar e quando enfrentamos o chão, de cara para baixo, pendurados lá em cima, não conseguimos parar de soltar gargalhadas. Quando a viagem termina, estamos todos bem dispostos e capazes de experimentar outra vez, e outra e mais outra! Foi como se, naquele minuto e meio, fôssemos a heroína de King Kong e andássemos a ser transportados na sua mão, a caminho do edifício mais alto de Nova Iorque. Agora sim, estamos curiosos para tudo o mais que há-de vir. E só não vamos para a fila para dançarmos de novo com os robots porque sabemos que ainda há muito para ver.

Passamos pelas várias barracas que oferecem guloseimas e snacks, sem pararmos para comprar nada, porque sabemos que o almoço está marcado para dali a pouco (e tantas emoções já nos abriram o apetite), mas para abrandarmos um pouco, depois da dança louca de há minutos, vamos até à sala onde nos prometem nova aventura, desta vez com O Principezinho.

Ali, ninguém nos manda sentar. Aliás, nem há cadeiras, apenas uma espécie de suportes almofadados onde nos podemos encostar. Lá estão os óculos 3D e Anna diz-nos para termos os pés bem assentes no chão, assim que o filme de 20 minutos comece.

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