Fugas - Viagens

  • DR/Turismo de Donostia-San Sebastián
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  • Sousa Ribeiro
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San Sebastián, uma concha que se abre para todos

- Donostia tem uma vocação cultural por excelência e exerce um inegável poder hipnótico sobre todos quantos a visitam, defende o jovem basco enquanto fita o colorido porto, abrigado das ondas ameaçadoras do início da manhã, um bonito contraste entre uma natureza que, por estes lados, tanto pode ser doce como selvagem.

Procurando viver longe dos conflitos, vários foram os homens ricos que procuraram refúgio em San Sebastián durante a I Guerra Mundial e muita da influência francesa tão impregnada nas ruas da cidade resulta dessas visitas — da mesma forma que o desenvolvimento urbano mais pobre, em diferentes zonas, é consequência da pesada industrialização que se seguiu à Guerra Civil.

- Eu sou mais de ir de fiesta mas também aprecio a faceta mais cultural de Donostia, uma cidade que comecei a visitar quando era criança. Ainda hoje me lembro de subir ao monte Igueldo pela mão da minha mãe, segurando na outra mão um brinquedo que me deixou tão feliz, recorda Alvaro Pereda Perez enquanto varre com o olhar toda a baía e o mar que se perde no horizonte, como se este lhe pudesse trazer, não a memória, que a tem bem presente, mas um outro tempo, cada vez mais distante.

Já me preparava para me despedir quando Alvaro Pereda Perez, absorvido pelo prazer da conversa e pela paisagem que nos é dada a contemplar, me deteve:

- Os bascos têm fama de serem rudes e fechados. Em parte é verdade. Assim são, talvez devido ao clima e à presença do mar, muitos dos povos do norte. Mas se fazem amizade com alguém nunca lhe viram as costas. Muitos menos quando vão de quadrilla

Fabuloso destino

San Sebastián vive, em 2016, um ano histórico, graças ao estatuto (dividido com a cidade polaca de Wroclaw) de Capital Europeia da Cultura. Um longo caminho foi percorrido, por vezes trilhando a incerteza, por vezes temendo o destino — a ETA anunciou o cessar definitivo da sua luta armada apenas quatro meses após o final do processo de candidatura, um anúncio altamente desejado na cidade com mais atentados em toda a Comunidade Autónoma do País Basco e tão fortemente associada a um clima de terror e violência a despeito de ser um destino turístico há mais de cem anos. 

Hoje, San Sebastián tem plena certeza de que, até Dezembro, os seus mais de 400 projectos culturais irão atrair milhões de visitantes, transformando a cidade num marco de convivência e de disponibilidade para os novos desafios que está pronta a abraçar.

A cerimónia de inauguração, dedicada, de uma forma particular, a todos quantos participaram nos mais diferentes projectos, estendeu-se ao longo de seis dias, como ponto de partida para um programa que não esconde ambições. Uma das exposições mais marcantes, daqui até meados de Maio, pode ser apreciada no museu de San Telmo, com o título 1966/Gaur Konstelazioak/2016 — na verdade duas mostras itinerantes, uma dedicada a Gaur e outra a artistas da actualidade, que irão levar algumas das obras a espaços culturais como Chillida-Leku, Jorge Oteiza Museoa, Bellas Artes de Bilbao, Okendo, Galeria Kur e Galeria Altxerri.

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