Fugas - Viagens

  • O hotel Palafitte,
construído sobre o lago de
Neuchâtel e a fachada do Savoy.
    O hotel Palafitte, construído sobre o lago de Neuchâtel e a fachada do Savoy. DR
  • Na fábrica de relógios da Tag
Heuer e no centro Nest, da
Nestlé, há experiências de
realidade virtual que, através
dos óculos, mostram a história
da fundação das marcas
    Na fábrica de relógios da Tag Heuer e no centro Nest, da Nestlé, há experiências de realidade virtual que, através dos óculos, mostram a história da fundação das marcas DR
  • Na fábrica de relógios da Tag
Heuer e no centro Nest, da
Nestlé, há experiências de
realidade virtual que, através
dos óculos, mostram a história
da fundação das marcas
    Na fábrica de relógios da Tag Heuer e no centro Nest, da Nestlé, há experiências de realidade virtual que, através dos óculos, mostram a história da fundação das marcas DR
  • No museu de Chaplin é
possível encarnar as icónicas
personagens e entrar no cenário
dos seus filmes.
    No museu de Chaplin é possível encarnar as icónicas personagens e entrar no cenário dos seus filmes. DR

Na Suíça verde e azul, rainha da hospitalidade

Por Inês Garcia

Uma viagem cénica pela Suíça sempre com os lagos e as montanhas à vista. Estrada fora, entre Lausanne e Neuchâtel, o turismo de luxo, o cinema, a inovação.

A muitos milhares de pés, do avião, conseguimos ver os Alpes Suíços com os cumes esbranquiçados. A neve está já a derreter-se e, depois de aterrarmos na Suíça, são poucos os sinais do Inverno frio – as temperaturas prevêem-se altas e serão até possíveis mergulhos (corajosos) nos lagos azuis profundos.

Estamos no país do chocolate, dos queijos, das montanhas, da tecnologia de ponta, dos relógios, para uma “experiência de lifestyle” organizada pela Lexus, uma marcapremium de automóveis – mas não é (só) para testarmos as capacidades dos 15 carros híbridos que transportam os jornalistas de um ponto para o outro. Durante dois dias, entre rectas planas e campos verdejantes, curvas e contra-curvas, nunca muito apertadas, conhecemos a hospitalidade e capacidade de artífice suíça em hotéis, centros de inovação ou numa fábrica de alta-relojaria.

Azul e verde. 

O azul e o verde são, definitivamente, as cores predominantes da Suíça, considerado o segundo país mais feliz do mundo em 2015 com base num relatório das Nações Unidas (que toma em conta o sentimento de bem-estar das populações nacionais através de indicadores como o PIB per capita, a liberdade para tomar opções de vida ou a percepção de corrupção). É este o primeiro impacto - pode até ser um cliché, bem sabemos - e o que mais nos marcou ao longo da nossa curta viagem, que começou em Lausanne.

Na parte francófona do país, Lausanne é a sede do Comité Olímpico Internacional (aquando da nossa visita, a cidade estava já cheia de pequenos lembretes, em forma de cartazes ou panfletos, devido à proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam a 5 de Agosto). Respira-se, portanto, desporto. Ainda mais em dias de sol: nas margens do lago Léman (ou lago Genebra), há pessoas a fazer jogging, a andar de bicicleta e grupos de jovens a andar de gaivota a pedais no lago (é uma das possibilidades também para turistas: meia hora numa pequena embarcação destas para duas pessoas custa 14 francos suíços, o equivalente a 12,80 euros). Os grupos de miúdos e graúdos multiplicam-se nos jardins, em piqueniques com amena cavaqueira e música alta.

O novo viajante de luxo

Dias antes choveu incessantemente portanto o bom tempo é bem-vindo, comenta Bogdan, do hotel Royal Savoy Lausanne, sugerindo-nos, logo à chegada, um mergulho na piscina do hotel para refrescar. Numa breve visita guiada pelo edifício, chama a atenção para a esplanada com ecrã gigante (na altura para os jogos do Europeu mas manter-se-á para os Jogos Olímpicos) e alguns pormenores do edifício: “este tipo de janelas [com pequenos vitrais em redor] e as escadas estão classificadas como artefactos históricos”, diz-nos.

O hotel Royal Savoy foi construído em 1909 e recebeu inúmeros membros da nobreza, da aristocracia ou celebridades – foi o refúgio da família real espanhola e do rei Bhumibol da Tailândia durante a II Guerra Mundial; acolheu Joe Cocker ou Phil Collins nos anos 1990. Em 2005 fechou para cinco anos de remodelações que custaram 90 milhões de euros, segundo a revista Forbes.

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