É o rés-do-chão e o 2.º andar e de um prédio de habitação (séc. XIX) do casal Maria João e João Frade, ex-professores, que vivem no 1.º andar.
A Casa da Avenida enquanto galeria começou em Junho de 2011, “uma primeira experiência, para amigos, porta fechada, para ver o que é que isto dava”. Em Novembro, abriu para todos, com uma tónica importante no “serviço educativo”. Conduta: “Ter uma forte aposta na relação com quem nos visita. Fazer do espaço um espaço de prazer. Muito mais que uma galeria: uma casa.”
Já passaram por aqui milhares de pessoas, em mais de 40 exposições, vários concertos, lançamentos de livros, conversas, teatro, parcerias com o Museu de Etnografia, com a Festa da Ilustração, com o Festival de Música e com o Politécnico de Lisboa, cujos alunos aqui expõem os trabalhos de final de curso. Também promove residências artísticas e organiza ateliers. “Um prazer, um prazer, um prazer…”, resume Maria João Frade, que convida a que se visite até ao final de Setembro, no rés-do-chão, a exposição This is not a chair, de Maria do Carmo Pais, “com Munari, Magritte e Duchamp no pensamento e que, no fundo, é um desinventar objectos, como disse Manuel de Barros”. A partir de dia 24, no segundo andar, expõem-se trabalhos de António Folgado e de António Castilho, “da velha guarda do desenho e da fotografia”. Entrem e sintam-se em casa.
Casa da Avenida
Avenida Luísa Todi, 286
Tel. 917038187
www.facebook.com/casadavenida
Horário: de quarta a sexta das 16h às 20h e sábado das 11h às 20h
Largo da Fonte Nova
O passado actualizou-se
Sempre foi lugar de oferta do tradicional peixe assado ou não estivesse instalado num bairro maioritariamente habitado por pescadores. “Dantes, tínhamos uns fogareiros pequenos na rua, o pescador chegava, vendia-nos o peixe e assávamos logo ali”, conta o senhor Horácio, que explora a Casa Morena há 34 anos.
Agora, no centro do largo, há um espaço colectivo com os fogareiros, que são partilhados pelos três restaurantes no Largo da Fonte Nova: o Nau (ou “Cilinha”), o Kefish e o “Horácio”. O Kefish é o mais recente, pertence a dois franceses (Michel e Stefan) e, além do tradicional peixe assado, serve pizzas, cozinhadas em forno a lenha. Às quintas-feiras, nas noites de Verão, há boa música ao vivo.
A esplanada da Casa da Rosa, outro restaurante numa travessa contígua ao largo, completa a oferta de peixe assado num espaço muito procurado, sobretudo ao almoço. É preciso chegar cedo para arranjar mesa.
Largo da Ribeira Velha
O regresso à vida na Baixa
Mesmo na Baixa da cidade e com um magnífico e antigo plátano ao centro, o Largo da Ribeira Velha imprimiu recentemente um novo dinamismo à vida da cidade. Com a abertura de novos espaços de gastronomia, um largo que “adormecia” assim que o comércio fechava (19h) vive agora noites animadas e concorridas. Para isso, contribuem os restaurantes Loja das Machadas, a Taberna do Largo, o Café da Ribeira e o Beco da Ribeira (com ofertas diversificadas de petiscos e bebidas), mas também as animações de rua promovidas pela associação de comerciantes e pela câmara. Uma energia que tende a alargar-se a outros espaços na Baixa.