Fugas - Viagens

  • O admirável
complexo
de Amir
Chakmaq,
com a sua
magnificente
fachada de
três andares
    O admirável complexo de Amir Chakmaq, com a sua magnificente fachada de três andares
  • o Khan-e Lari,
uma mansão
do período
Qajar com
delicados
vitrais,
    o Khan-e Lari, uma mansão do período Qajar com delicados vitrais,
  • As ruas e vielas da
cidade antiga estão
por vezes desertas
mas a vida, decorrendo
em voz baixa,
não se detém para
lá dos grandes muros
    As ruas e vielas da cidade antiga estão por vezes desertas mas a vida, decorrendo em voz baixa, não se detém para lá dos grandes muros
  • As ruas e vielas da
cidade antiga estão
por vezes desertas
mas a vida, decorrendo
em voz baixa,
não se detém para
lá dos grandes muros
    As ruas e vielas da cidade antiga estão por vezes desertas mas a vida, decorrendo em voz baixa, não se detém para lá dos grandes muros

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Novos ventos sobre os "badgirs"

A visitar

Famosa pelos seus camelos é também Ardakan, uma cidade no deserto que pode ser visitada, alugando um táxi ou integrando um passeio guiado, a partir de Yazd num único (mas longo) dia, como complemento de outros lugares como Kharanaq, Chak Chak e Meybod. Esta última, a pouco mais do que 50 quilómetros de Yazd, é uma vila com uma história que ultrapassa os 1800 anos e atracções que incluem um antigo (mais de três séculos) posto dos correios, um caravanserai com um qanat coberto, uma yakh dan, uma enorme casa do gelo dos safávidas, o castelo de Narein com as suas vistas sobre o deserto e a torre circular, renovada de forma exemplar, que em tempos abrigou 400 pombos cujo guano era recolhido para servir como fertilizante.

Mas o mais certo é começar a viagem por Kharanaq, uma aldeia fantasma num vale a 70 quilómetros a norte de Yazd, alegadamente habitada durante mais de 4000 anos (muitos dos edifícios estão em ruínas e é necessário algum cuidado se caminhar sobre os telhados), com uma mesquita da era qajar, um minarete (que se mexe) do século XVII e um caravanserai, todos restaurados (é possível dormir em Kharanaq mas para isso deve contactar alguém do Silk Road em Yazd). Em Chak Chak (a única que não é servida de transportes públicos), instalada no deserto profundo, encontrará, sob um imponente penhasco, o mais importante centro de peregrinação do Zoroastrismo (especialmente concorrido durante o festival anual que tem lugar em meados de Junho), com um templo do fogo construído pelo mão do homem na rocha e protegido por uma porta de bronze, um lugar envolto em misticismo, também conhecido por Pir-e Sabz, e com uma lenda a servir-lhe de aura – a da gota de água doce que nunca se detém (em farsi, chak chak significa gotejar) e que representa a dor das montanhas, vertendo lágrimas porque recordam os dias em que o lugar serviu de refúgio a Nikbanou, a segunda filha do Imperador Sassânida Yazdegerd III da Pérsia, em fuga face à ameaça do exército árabe. De regresso a Yazd pode fazer uma paragem para mergulhar noutra antiga cidade do deserto, onde a agricultura floresce graças ao seu extraordinário sistema de irrigação através dos qanats e que possibilita uma errância agradável pelas suas vielas à volta da mesquita, observando aqui e acolá os elegantes badgirs.

INFORMAÇÕES

Os cidadãos portugueses necessitam de visto para entrarem no país, o qual pode ser obtido na embaixada da República Islâmica do Irão (aberta ao público de segunda a sexta, entre as 08.00 e as 16.00 horas), localizada na rua do Alto do Duque, 49, em Lisboa. De qualquer forma, desde Julho deste ano, no seguimento de uma política que visa atrair um maior número de turistas (a percentagem nunca parou de crescer mesmo durante o embargo e, em 2015, o Irão recebeu um pouco mais de cinco milhões de visitantes, um número que espera quadruplicar em 2025) a um país com 19 monumentos classificados pela UNESCO, já é possível obter visto à chegada em alguns aeroportos (Shiraz, Teerão, Isfahan e Tabriz, entre outros que recebam voos internacionais) por um período de 30 dias (há planos para alargar este período), devendo munir-se de um passaporte com uma validade de seis meses (e sem um carimbo de Israel, caso contrário verá a entrada no Irão ser-lhe recusada pelas autoridades alfandegárias) e de preferência já com alguns hotéis reservados.

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