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Montreux: aqui jazz a inspiração

Volta a prestar atenção a tudo o que a envolve como quem busca inspiração para prosseguir o seu pensamento.

- O festival de jazz de Montreux é de longe o melhor na parte francesa da Suíça. Tudo acontece na cidade e próximo do lago, com os seus diferentes estilos de música e muito mais classe, por exemplo, do que o Paléo Festival, em Nyon.

Marianne de Cocatrix não era ainda nascida quando ocorreu, em 1967, a primeira edição do festival. Aurélia Guillot tão-pouco. Mas o cargo de delegada do departamento de Media & Comunicação do Turismo de Montreux-Vevey permite-lhe um conhecimento que escapa à rainha da beleza. 

- Nesse ano, Montreux recebeu três mil espectadores em três dias. Actualmente, esse é o número de elementos necessários para a organização do certame, para dar as boas-vindas a cerca de 90 mil que assistem aos concertos, bem como a outros 230 mil que visitam Montreux durante o período em que decorre.

Para uma cidade pacata, onde se respira tranquilidade e tão agradável especialmente quando o sol afasta as cortinas do céu, o contraste entre os mais de 15 dias em que decorre o festival e os restantes do ano parece evidente.

- Para a maior parte das pessoas da região é um evento importante e imperdível. Como Montreux não é assim uma cidade tão grande, pode-se, definitivamente, sentir a atmosfera do evento um pouco por todo o lado, enfatiza Aurélia Guillot.

Ao longo das margens do lago, as tendas cheias de vida e as barraquinhas de comida contribuem para transformar o espaço num teatro de emoções, línguas de diferentes países escutam-se por entre a música que se insinua a cada instante. 

- A chegada do festival marca, em parte, o início de um Verão fantástico, recorda Aurélia Guillot, antes de me garantir que as suas respostas são baseadas na sua opinião pessoal e nos seus sentimentos.

- Esta é a forma como vejo Montreux pessoalmente e não uma mera visão de marketing que procuro transmitir à imprensa.

Por instantes sorri, como se de repente se arrependesse das palavras ou se recordasse de algum episódio.

- A minha zona preferida é ao ar livre, ao longo das margens do lago, onde há concertos gratuitos e um ambiente tão específico que não é fácil descrever apenas através de palavras. O festival é um local de encontro, onde nos cruzamos com os nossos amigos, com novas pessoas de diferentes países, com artistas, com voluntários.

Afinal, Aurélia Guillot não está arrependida. Apenas quer partilhar uma doce memória.

- No ano passado, estou agora a lembrar-me, foi organizada uma silent disco, uma festa em que cada um usava uns headphones e dispunha de três canais com música distinta. Todos dançávamos e ríamos juntos. Fazia calor.

Ri-me.

- Bem, para os padrões do país. Um grande momento, pelo menos para mim.

Emoção no parque

O palco foi o Parque Vernex, pelo qual caminho agora, a meio da tarde e sob um céu azul, para admirar as árvores centenárias e as magnólias majestosas, enquanto o sol vai estilhaçando as águas do lago e uma suave brisa percorre com um frémito de vida as flores de múltiplas tonalidades que pintam as margens.

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