Fugas - Vinhos

  • Bruno Simões Castanheira
  • Legado 2009
    Legado 2009
  • Noval Nacional Vintage 1963
    Noval Nacional Vintage 1963
  • Messias Colheita de 1963
    Messias Colheita de 1963
  • Gaia Thalassitis Assyrtiko 2011 (Grécia/branco)
    Gaia Thalassitis Assyrtiko 2011 (Grécia/branco)
  • Adolfo Lona Orus Pas Dosé Rosé (Brasil/espumante rosé)
    Adolfo Lona Orus Pas Dosé Rosé (Brasil/espumante rosé)
  • Quinta do Monte Xisto 2011
    Quinta do Monte Xisto 2011
  • Yarra Yering Dry Red Nº 2 2007 (Austrália/tinto)
    Yarra Yering Dry Red Nº 2 2007 (Austrália/tinto)
  • Quinta do Noval Nacional Vintage 2011, 90 euros
    Quinta do Noval Nacional Vintage 2011, 90 euros
  • Barca Velha 2000 Magnum
    Barca Velha 2000 Magnum
  • Bussaco Branco 1967
    Bussaco Branco 1967
  • Vinhos de Nicholas Jolys - Clos de la Coulée de Serrant 1997, Loire, França
    Vinhos de Nicholas Jolys - Clos de la Coulée de Serrant 1997, Loire, França
  • Quinta de Lemos Tinta Roriz 2006
    Quinta de Lemos Tinta Roriz 2006
  • Covela Seleccão Nacional 2012
    Covela Seleccão Nacional 2012
  • Pardusco Escolha 2012
    Pardusco Escolha 2012
  • Afros Loureiro 2009
    Afros Loureiro 2009

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Os melhores em 2013

Adolfo Lona Orus Pas Dosé Rosé (Brasil/espumante rosé)
Poderá parecer estranha a presença de um vinho brasileiro entre os grandes vinhos bebidos ao longo deste ano, mas este espumante Orus de cor rosada é um vinho realmente extraordinário em todos os sentidos.
Adolfo Lona, o pai deste vinho e um dos pais espirituais e materiais dos vinhos espumantes brasileiros, nasceu na Argentina, estudou enologia na Argentina, mas acabou por fazer a sua vida profissional no sul do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, onde desenvolveu um trabalho extraordinário na revolução dos vinhos espumantes brasileiros. Neste seu projecto pessoal resolveu fazer tudo conforme a tradição do método clássico, sem pressas, sem atalhos, aproveitando aquela que é uma das maiores riquezas naturais do vale dos Vinhedos, a acidez natural que dá a tensão nervosa, genica, distinção e profundidade a este rosé nature, sem qualquer adição de açúcar. Um grande vinho espumante em qualquer parte do mundo.

Yarra Yering Dry Red Nº 2 2007 (Austrália/tinto)
Um vinho de nome misterioso de um dos produtores mais interessantes e singulares da Austrália, Bailey Carrodus, fundador da Yarra Yering, nome maior do vinho australiano, homem que nunca se deixou guiar por modas. Falecido em 2008, sempre discreto e fechado no seu mundo, Bailey Carrodus foi um dos maiores viticultores e enólogos da Austrália, vivendo de cabeça, corpo e alma para as suas vinhas e os seus vinhos.
Licenciado em botânica e enologia, mestre pela universidade de Victoria, doutorado em fisiologia das plantas pela universidade de Oxford, professor de botânica e investigador nas universidades de Adelaide e Melbourne, criou alguns dos vinhos de culto mais interessantes e afamados da Austrália. Este Nº2 é um lote de Shiraz, Viognier e Marsanne que marca pela elegância, autoridade e viço, começando agora a poder ser apreciado com prazer… embora tenha muitas décadas de vida pela frente.

Gaia Thalassitis Assyrtiko 2011 (Grécia/branco)
A casta emblemática de Santorini, o Assyrtiko, destaca-se claramente como uma das variedades brancas mais interessantes do Mediterrâneo. Não sendo especialmente exuberante nos aromas, consegue oferecer vinhos de estrutura férrea, violentos na mineralidade, incisivos na acidez, visceralmente equilibrados, densos e profundos, alcoólicos mas extraordinariamente frescos. Este Thalassitis é um branco extremo e sem contemplações, tenso como nenhum outro no mundo, um vinho em sobressalto permanente graças à acidez cáustica, nervoso e estupidamente mineral. Apesar de radical no estilo, sem maquilhagem, saído de algumas das vinhas mais velhas do planeta, pode chegar a ser brutal. Um branco para os verdadeiros apreciadores de vinhos brancos, poderoso mas fresco, quase mastigável.


As escolhas de... Pedro Garcias

Clos de la Coulée de Serrant 1997, Loire, França
Um branco 100% Chenin Blanc que é também uma denominação: Savennières-Coulée de Serrant, no vale do Loire. Tem a assinatura de Nicolas Joly, um dos principais gurus da agricultura biodinâmica. No copo, o vinho tem cor de bebida morta, mas quando se prova nem se acredita. Mal o vinho toca a língua, sente-se uma frescura natural impressionante – que parece não ter fim-, envolta numa grande estrutura e numa riqueza de sabores indiscritível. É difícil acompanhar a metamorfose do vinho, que parece renascer a cada minuto. É um branco tão singular, tão puro na sua frescura mineral que emociona.

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