Convida-nos a visitar a casa, onde tem três quartos que vai começar a alugar a quem quiser passar uns dias na região e conhecer uma verdadeira quinta. Entramos pela parte de baixo, onde fica a adega, que adaptou e modernizou, instalando inclusivamente painéis solares para poupar energia. Mostra peças antigas de um minimuseu ligado à produção do vinho. E depois subimos até à cozinha. Jorge conduz-nos por um corredor e aponta para uma porta. “Esta era a porta da escola.”
A tia, que era professora, manteve uma pequena escola primária feminina nesta casa, entre os anos 1920 e os anos 50, e existia uma porta separada para a entrada dos alunos. Foram essas antigas salas de aula que Jorge agora transformou em quartos para hóspedes.
Mas hoje a única coisa que aqui se poderá aprender é a fazer um bom vinho do Dão — da Quinta de Reis saem vários tintos e brancos, com castas da região, nomeadamente a Touriga Nacional para os tintos, e ainda uma “brincadeira” com Merlot, com o qual Jorge fez uma pequena quantidade de vinho, a que chamou Homem Bom, numa homenagem ao tio que há um século construiu esta casa.