Fugas - Vinhos

  • DR
  • DR
  • DR

Continuação: página 3 de 5

Vinte e uma escolhas para as festas… e para o que der e vier

Preço: entre 30 e 50€

 

Quinta das Bágeiras, Pai Abel Branco 2012, Bairrada

Mário Sérgio, o homem dos sete instrumentos da Quinta das Bágeiras é presença frequente nas páginas da Fugas (e de outras publicações que tratam destas artes do vinho) pela mais singela das razões: porque ao fazer vinhos diferentes abre novos horizontes.

Veja-se o caso deste branco, que vai já na terceira edição, feito a partir das castas Maria Gomes e Bical. Tem tudo o que conta num grande branco e nada do que um grande branco não deve ter. Tem untuosidade e uma acidez pungente que dá músculo. Tem aromas de frutas cítricas e frescas que fogem ao óbvio e ao fácil – há ali notas químicas que lhe dão personalidade própria. Tem também uma profundidade que resiste a comidas exigentes e um final de boca que o tornam irresistível. Um branco de grande estilo. M.C.

Preço: 23€

 

Munjebel branco 2009, Itália

Frank Cornelissen, cidadão belga, abdicou de uma vida ligada aos vinhos da Borgonha para passar a assumir o devaneio de produzir o seu vinho na Sicília, nas encostas do vulcão Etna. Resgatou  vinhas muito velhas de castas mais ou menos esquecidas e decidiu fazer vinhos minimalistas, sem adição de qualquer acréscimo externo... sulfuroso incluído.

A maioria dos vinhos são feitos em velhas ânforas de barro enterradas e este Munjebel branco não foge à tradição. Um vinho possante mas elegante, cheio e intenso mas fresco e tenso com a sensação de tanino a marcar a prova do início ao final. Uma grande vinho branco. R.F.

Preço: cerca de 32€

 

Chryseia 2012, Douro

O vinho produzido em 2011 pela parceria entre o grupo Symington e o enólogo francês Bruno Prats foi este ano considerado pela Wine Spectator como o segundo melhor do ano em termos internacionais, obtendo 97 pontos em 100. Mas o Chryseia que está no mercado, de 2012, não lhe fica em nada atrás. Pode não ter o mesmo músculo, mas apresenta uma graça, uma envolvência e uma exuberância de frutas irrecusáveis.

Profundamente duriense sem cair na rusticidade, poderoso sem acusar o peso da maturação excessiva ou da extracção desequilibrada, o Chryseia é um vinho com uma identidade afinada, que não recusa a modernidade mas não prescinde de cultivar a vetustez dos clássicos. M.C.

Preço: 40/45€, antes do efeito da avaliação da Wine Spectator

Monte Xisto 2012, Douro

O projecto da família Nicolau de Almeida vai na segunda edição e continua a dar excelente conta de si. O Monte Xisto 2012 tem a elegância e frescura do ano complementada com uma intensidade e complexidade aromáticas notáveis. O seu aroma é austero, deixando transparecer notas florais e de arbustos, como que escondendo o surpresa que o seu impacte na boca provoca.

É aí que a sua extraordinária riqueza de fruta se manifesta, bem sustentada numa estrutura de taninos densa mas já rematada. O final, longo e delicioso, é o corolário quase lógico deste vinho irresistível, complexo e cheio de personalidade, que traduz não apenas a identidade de um lugar mas também a atitude de uma família. M.C.

Preço: 70€

--%>