Fugas - prazeresdeverao

  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão
  • Jorge Simão

Continuação: página 3 de 3

Apanhar uvas, pisá-las e descobrir vinhos na Quinta do Ventozelo

“A compra da Quinta do Ventozelo, no final do ano passado, permite-nos não só criar uma marca premium, mas também aprovisionarmo-nos de uvas para as outras marcas do grupo, a Porto Cruz e a Dalva.” Com a marca Ventozelo acabam de chegar ao mercado o Ventozelo Douro Viosinho 2014, o Branco de Ventozelo Douro 2014, o Ventozelo Syrah Regional Duriense Unoaked 2014.

Para perceber onde estamos e qual a estratégia do grupo, é preciso recuar no tempo e contar um pouco da sua história. “A Cruz é a maior marca internacional de Porto, exporta anualmente 10 milhões de garrafas para todo o mundo”, afirma Jorge Dias. “Mas é uma marca que foi quase construída fora do país”, sobretudo com a histórica campanha em França em que uma mulher de negro é fotografada em várias paisagens de Portugal, acompanhada pela frase “O país onde o negro é cor”.

“A Gran Cruz é uma empresa familiar que se desenvolveu sobretudo no pós-guerra”, prossegue o administrador, que ocupa este cargo desde 2009. “Inicialmente comprava vinho a granel em Gaia para o engarrafar em Paris. Mas em 1975, a seguir à revolução, a família decide vir investir em Portugal para começar a fazer o aprovisionamento na origem, antecipando-se em 15 anos à decisão do Estado português de proibir a exportação a granel. A partir de 1982, começam a engarrafar exclusivamente em Gaia.”

O que está a acontecer hoje surge na continuidade deste percurso. Em 2007, o grupo comprou a empresa C. da Silva, proprietária da marca Dalva, tornando-se dona de um valioso stock de barricas de vinho do Porto, entre as quais vários Colheitas, categoria que, segundo Jorge Dias, está a ser cada vez mais valorizada sobretudo pelos consumidores ingleses.

Surgiu depois o enorme investimento, de 16 milhões de euros, numa moderníssima adega em Alijó, inaugurada no ano passado, e a abertura do Espaço Porto Cruz, na marginal de Vila Nova de Gaia. É aí, no restaurante, que provamos os novos vinhos da Dalva e de Ventozelo. Uma oportunidade para Jorge Dias mostrar não só o potencial dos vinhos da quinta mas também novas formas de consumir vinho do Porto (este é outro dos desafios do grupo, para chegar aos consumidores mais jovens), seja em cocktails (entre os quais um gin que leva uma bola de gelado de Porto branco), seja a acompanhar uma entrada com sabores fumados, como o creme de batata-doce, gema e cavala fumada, apresentado por Miguel Castro e Silva.

A Fugas viajou a convite do Grupo Gran Cruz

 

 

--%>