Sublinhe-se, porém, que há uma aposta coerente na programação, com relevo para as variantes de house ou techno minimal, com um cartaz de alguns DJs já reconhecidos dos clubs alfacinhas (já lá passou Jiggy e continua a passar Magillian - que volta no próximo sábado -, ou DJs da agência Rooster como Photonz ou Rockets). Para breve, e haja permissão, procurarão até deixar a pista desenvolver-se mais, apostando no prolongamento do horário (agora até 4h00, depois até 6h00) e mesmo em algumas sessões de after-hours.
Aqui chegados, é de apontar já na agenda esta alternativa no Cais do Sodré, ficando-se desde já de olho no futuro do bar, porque o mais prometedor deste novo ponto de encontro é o que ele pode vir a ser. Agora, é um espaço interessante, que marca a diferença em relação à zona, mas corre o risco de poder vir a ser um caso sério de reinvenção da noite cais-sodrense.
Cais do Sodré na margem de um novo século
As estrelas alinham-se na Rua Nova do Carvalho, cada uma puxando as suas medalhas e, segundo Carla, todas "receberam muito bem" o novo bar. Respeite-se a idade: o Jamaica, à beira dos 40 anos (!) sofre o impacto mas continua de culto e com noites quentes.
Ao lado, o simpático Tokyo em jeito club dos 80s, o Europa, em cenário cabaré e especialização em after-hours, e o MusicBox, estrela com alma rock mas pernas para todos os ritmos, uma caixinha que cortou a hegemonia do geobaptismo tradicional da região e trouxe sangue novo e uma profusão de festas e concertos - coisas da cultura, digamos.
Antes ainda, há o gótico Transmission e depois (já na R. de São Paulo, 8) o ainda tradicional Copenhagen, que porém começou a abrir as suas portas e ambiente espelhado a noites temáticas, after-hours e festas trash ou rockabilly. No passeio "vermelho", restam ainda casas à antiga (e pelo meio a Casa Conveniente, gerida por Mónica Calle, com teatro sempre conveniente,). E há democracia: as gentes misturam-se, que a realidade pode ser maior que os filmes.
Mais para as beiras, destaquem-se outras atracções próximas e noutros registos: Stephen''s Cru Bar na fronteira espírito Chiado (pertence ao restaurante Alecrim às Flores e fica no Largo dos Stephens), os sólidos irlandeses Hennessy''s (Rua Cais do Sodré, 32- 38) e O`Gillins (R. Remolares, 8) ou o Bar Americano (R. Bernardino Costa, 35) quase em frente do clássico e obrigatório British Bar. É um Cais do Sodré algures entre o fado homónimo de Rodrigo (onde bebemos inspiração, como se nota) e o som de uma banda menos conhecida que homenageia a zona e cujo nome já diz mais sobre os novos tempos: Cais do Sodré Funk Connection.
(Abril 2010)
- Nome
- Bar do Cais
- Local
- Lisboa, Lisboa, R. Nova do Carvalho, 47
- Telefone
- 914997073
- Horarios
- Terça a Sábado das 22:00 às 04:00
- Website
- http://bardocais.com