Fugas - restaurantes e bares

  • Fábio Teixeira/Arquivo
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É uma (nova) casa portuguesa, com certeza

A qualquer cliente, aconselha-se uma deambulação obrigatória pelo "museu" que ocupa móveis e paredes. A começar pelo balcão da recepção, vindo de uma antiga mercearia, a mesas, cadeiras e móveis que outrora auxiliaram escritórios e retrosarias, a sofás dos anos 50 ou cadeirões de décadas à escolha. São desenhos originais e posters seculares, bolsas, telefonias dos tempos das guerras, travessas, pratos, estatuetas e porcelanas, revistas e bonecos de saudosa sátira (Cara Alegre, Os Ridículos, Bordalo), livros de gente da "noite negra do fascismo" e documentos que os funcionários públicos eram obrigados a assinar por essas alturas comprometendo-se com o regime, bandeiras da monarquia e bandeiras da república, azulejos de Pomar, Mickeys dos anos 50 e capacetes bélicos, caixas e caixinhas misteriosas, fotos e sestércios...

A alguns, virão à memória casas históricas como o Pavilhão Chinês, Paródia ou Procópio..., bares-caixinha mágica de mesclas assombrosas e dedicados à tradicional tertúlia. E é natural. Carlos Fagulha quer que a sua sala de estar "humana" seja uma redescoberta contínua, que dê azo a conversas e debates, que seja esse reino da tertúlia. Para ajudar ao ambiente, não lhe faltam projectos, entre a realização, de facto, de tertúlias, mas também de concertos íntimos, exposições de arte contemporânea ou projecção de filmes. Ou, para dar um toque ainda mais acolhedor à sala íntima que completa o seguimento do salão, com uma bela arca a servir de mesa, a instalação da lareira, a dois passos de um verdadeiro e secular poço. Feliz o cliente que assim fique, entre água e fogo. Para já, fica o acolhimento de uma ementa esmerada e selectiva, jogos de salão e Internet grátis, uma conversa simpática com o douto anfitrião e a banda sonora tranquila e escolhida a dedo. E a certeza de que quem procura um oásis íntimo por Lisboa dificilmente encontrará refúgio mais hospitaleiro.


Selecção Wanli
A ementa do Wanli não é extensa mas antes selectivíssima. Comecemos pelo fim: prove os bolos à fatia (assinados por Teresa Pyrrait, que segue leis sábias e receitas antigas); melhor ainda, prove o bolo de chocolate ou brigadeiro. Perfeitinhos, farão as delícias de qualquer amante do chocolate (não desfazendo as criações com laranja, noz...). Mas para uma quase refeição, passe pelo chouriço alentejano ou os enchidos tradicionais de porco preto, presunto ou queijos transmontanos (e saladas, tostas e sandes, empadas e sopas e etc.). No vinho, manda mais a histórica casa do Douro Maritávora e há selecção de Porto, Madeira ou licores e destilados. Para aquecer melhor o Inverno, siga para os chás Frères Mariage (verde, preto, vermelho).

Wanli, o prato
A casa foi baptizada em homenagem a um prato, que se encontra em exposição, do tempo do imperador chinês Wanli, da Dinastia Ming. E, coincidências geográficas, pela proximidade da vizinha Embaixada de França, antigo palácio dos Marqueses de Abrantes, que tem o tecto do salão nobre decorado, precisamente, com pratos Wanli. 

Nome
Espaço Wanli
Local
Lisboa, Santos-o-Velho, Calçada do Marquês de Abrantes, 82
Telefone
216031562
Horarios
Segunda a Sábado das 15:00 às 00:00
Website
http://www.facebook.com/pages/Espa%C3%A7o-Wanli-Sala-de-Estar/102581659806334
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