REFERÊNCIAS
O chafariz do crítico
E como mantém João Paulo Martins o equilíbrio entre comissariar a garrafeira do Chafariz e o seu trabalho de crítico de vinhos? "Tento não confundir as coisas". "Nem ando à procura dos melhores vinhos que eu dou classificação para ter aqui. Em caso algum compro vinhos directamente aos produtores que têm os melhores vinhos porque sei que se fosse comprar depois podiam querer oferecer e ficava uma relação complicada. Prefiro não fazer isso". " Se calhar, 95 por cento dos produtores dos vinhos que temos na lista não sabem que os temos cá", diz. "E isso para mim é importante porque trabalho no sector, na área do jornalismo e faço crítica de vinhos e isso é uma mistura que pode ser explosiva. "Daí, compro normalmente aos distribuidores" e "com factura, para entrar nas contas". Tudo para evitar questões mais duvidosas. E conclui: "a coisa tem funcionado bem".
No Verão
Brancos a reinar, em geral ligeiros, de Lisboa ou Setúbal, um ou outro alentejano, alguns verdes (três ou quatro, casta Alvarinho em foco, a copo), rosés (normalmente secos, sem gás, mas "um pouco de gás" também não estraga o rosé), espumantes. Aconselha-se até um Porto Tónico ("quando abrimos ninguém conhecia em Lisboa, foi uma surpresa para muita gente, hoje já está mais divulgado", diz Martins). Nas ementas, pratos de marisco. Há mexilhão, gamba, pratos de peixe, etc., "coisas que puxam para um vinho mais leve". Os tintos bebem-se menos, de facto, mas aqui bebem-se sempre "sobre o fresco", diga-se à temperatura certa da casa, 17/18 graus. Dentro da mãe d' água é que não há calor que incomode, com tal magnitude sólida da pedra, mais de um metro de grossura em pedra, há sempre frescor; "não entra aqui nada".
A carta
Reparte-se por centenas de referências. Entre champanhe e espumante; vinhos brancos (varietais - uma só casta), tradicionais (várias castas); rosé, colheita tardia e Relíquias em branco; vinhos tintos (varietais e tradicionais - de todas as regiões), incluindo as Reservas do Chafariz e vinhos velhos e raros; vinhos do mundo (contava-se uma dezena de proveniências). Há ainda cocktails e o vinho especial da quinzena ou os Melhores a Copo (de stock muito limitado).
Bom vinho, boa companhia
A ementa oferece iguarias várias e que podem integrar também os menus de degustação. Nos petiscos, mexilhões à marinheira, carpaccio de bacalhau ou vieiras frescas, mousee de pato Armagnac, trouxa de alheira de caça, borrego estufado com polenta, tartine de queijo de cabra, presuntos ou queijos, entre muitos outros. Nos menus, há quatro pratos principais, um com espumante, o segundo com branco, o terceiro com tinto, o quarto (sobremesa do dia) com Porto. Também há menus especiais e mais avantajados em comidas e bebidas.
Prova e horas felizes
Das 18h00 às 20h30, há "happy hour": propõe a degustação de quatro vinhos, a seleccionar pelo cliente de entre os diversos vinhos servidos a copo, "o custo será equivalente ao valor médio de um copo da carta". Podem fazer-se provas especiais de Porto com quatro vinhos - "de 10, 20, 30 e 40 anos, perfazendo Cem Anos de Vinho do Porto" - sendo que o custo varia conforme os vinhos servidos quinzenalmente. Consulte a agenda: podem existir provas comentadas por João Paulo Martins e/ou convidados.
- Nome
- Enoteca - Chafariz do Vinho
- Local
- Lisboa, São José, Rua da Mãe d'Água (Praça da Alegria)
- Telefone
- 213422079
- Horarios
- Terça a Domingo das 18:00 às 01:00
- Website
- http://www.chafarizdovinho.com
- Preço
- 30€
- Cozinha
- Portuguesa
- Espaço para fumadores
- Não