Fugas - restaurantes e bares

  • Nelson Garrido
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Cocktails em cozinha de fusão

Claro que esta celeridade pouco comum também foi potenciada pela pouca intervenção que foi necessária. A nível estrutural ela foi praticamente inexistente; a nível de decoração foi pouco mais. "Mudámos algum mobiliário", conta Daniela Barreto - e vão mudar mais, como a cabina do DJ que se encaixa entre o balcão e a "varanda": a localização dificilmente podia ser melhor, na "linha divisória" entre bar e restaurante, o tamanho é que é desadequado. Vidas curtas deverão ter também as fotografias nas caixas de LED, que acompanham uma das paredes da zona de restaurante (mantendo-se fixas nas horas de refeições, mas mais soltas durante a noite "para dar ambiente"), encaixados em espécies de "contrafortes" (colunas brancas com "rabiscos" negros e cinzas): elas até são novidades, contudo o resultado não foi o esperado.

Está visto que quem conhecia o "antes" pode ter uma forte sensação de déjà-vu com este "depois". As mesmas (com algumas intromissões que passam despercebidas) mesas e cadeiras a combinarem madeira com metal, os mesmos sofás escuros rentes às paredes nos intervalos das colunas e na zona mais recolhida do bar, os mesmos candeeiros que são quase instalações com o metal a cruzar-se como ramos secos, o mesmo balcão de mármore, o mesmo espelho gigante, as mesmas mesas altas. Na sala das traseiras (fechada mas de porta aberta), a decoração segue a mesma linha, mas como esta é um satélite do restaurante com mais vocação para grupos pode ser transfigurada para se tornar quase como uma sala de casa, com uma imagem a sépia do Porto na parede do fundo, um sofá na parede oposta e uma garrafeira num canto. Na verdade, esta ordem divisória pode-se desordenar e o bar pode alargar-se às outras áreas se tal for necessário e em horário extra-restaurante. É nessa altura que brilha mais a carta líquida da casa: as estrelas, os cocktails, até podem já ser presença habitual a acompanhar as refeições, mas ninguém se atreve a negar que o seu protagonismo é maior no antes e no depois. São uma aposta, os cocktails (como o são no Luau), é uma surpresa o champanhe - "está na moda", considera Daniela Barreto, a solo ou em misturas (Kir Royal, Bellini, Enamorato feitos com um espumante australiano, Jacob"s Creek). Gin Basil, Maisiac e Timbre (o cocktail-assinatura, com vodka e frutos silvestres) são algumas das criações da casa; o "cosmopolitan" um dos clássicos mais contemporâneos. Como se quer num espaço cosmopolita, com um certo twist - à moda do Porto.


À mesa: Com fusão internacional

É bar e é restaurante, mas ninguém nega a prioridade - a cozinha. À frente dela está o chef Raniel Rodriguês (o seu percurso levou-o ao Tragabutes, em Ronda, e aos lisboetas Luca e Fusion) que traz a receita testada anteriormente - pratos de autor de fusão internacional, numa selecção a renovar periodicamente. Entre as carnes de caça, o peixe, as pastas e os risottos, destacam-se o risotto al frutti di mare (13,80€), as presas de porco (12,90€), os filetes de corvina (15,90€) e de peixe-galo (16,40€) - não está na carta, mas está na ementa "informal", carbonara al pomodoro, por exemplo, parte de um conjunto de "pratos mais simples" que estão também disponíveis.

Nome
Timbre
Local
Porto, Porto, Praça do General Humberto Delgado, 307
Telefone
961720537
Horarios
Segunda a Quinta das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 02:00
Sexta e Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 03:00
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