Claro que esta celeridade pouco comum também foi potenciada pela pouca intervenção que foi necessária. A nível estrutural ela foi praticamente inexistente; a nível de decoração foi pouco mais. "Mudámos algum mobiliário", conta Daniela Barreto - e vão mudar mais, como a cabina do DJ que se encaixa entre o balcão e a "varanda": a localização dificilmente podia ser melhor, na "linha divisória" entre bar e restaurante, o tamanho é que é desadequado. Vidas curtas deverão ter também as fotografias nas caixas de LED, que acompanham uma das paredes da zona de restaurante (mantendo-se fixas nas horas de refeições, mas mais soltas durante a noite "para dar ambiente"), encaixados em espécies de "contrafortes" (colunas brancas com "rabiscos" negros e cinzas): elas até são novidades, contudo o resultado não foi o esperado.
Está visto que quem conhecia o "antes" pode ter uma forte sensação de déjà-vu com este "depois". As mesmas (com algumas intromissões que passam despercebidas) mesas e cadeiras a combinarem madeira com metal, os mesmos sofás escuros rentes às paredes nos intervalos das colunas e na zona mais recolhida do bar, os mesmos candeeiros que são quase instalações com o metal a cruzar-se como ramos secos, o mesmo balcão de mármore, o mesmo espelho gigante, as mesmas mesas altas. Na sala das traseiras (fechada mas de porta aberta), a decoração segue a mesma linha, mas como esta é um satélite do restaurante com mais vocação para grupos pode ser transfigurada para se tornar quase como uma sala de casa, com uma imagem a sépia do Porto na parede do fundo, um sofá na parede oposta e uma garrafeira num canto. Na verdade, esta ordem divisória pode-se desordenar e o bar pode alargar-se às outras áreas se tal for necessário e em horário extra-restaurante. É nessa altura que brilha mais a carta líquida da casa: as estrelas, os cocktails, até podem já ser presença habitual a acompanhar as refeições, mas ninguém se atreve a negar que o seu protagonismo é maior no antes e no depois. São uma aposta, os cocktails (como o são no Luau), é uma surpresa o champanhe - "está na moda", considera Daniela Barreto, a solo ou em misturas (Kir Royal, Bellini, Enamorato feitos com um espumante australiano, Jacob"s Creek). Gin Basil, Maisiac e Timbre (o cocktail-assinatura, com vodka e frutos silvestres) são algumas das criações da casa; o "cosmopolitan" um dos clássicos mais contemporâneos. Como se quer num espaço cosmopolita, com um certo twist - à moda do Porto.
À mesa: Com fusão internacional
É bar e é restaurante, mas ninguém nega a prioridade - a cozinha. À frente dela está o chef Raniel Rodriguês (o seu percurso levou-o ao Tragabutes, em Ronda, e aos lisboetas Luca e Fusion) que traz a receita testada anteriormente - pratos de autor de fusão internacional, numa selecção a renovar periodicamente. Entre as carnes de caça, o peixe, as pastas e os risottos, destacam-se o risotto al frutti di mare (13,80€), as presas de porco (12,90€), os filetes de corvina (15,90€) e de peixe-galo (16,40€) - não está na carta, mas está na ementa "informal", carbonara al pomodoro, por exemplo, parte de um conjunto de "pratos mais simples" que estão também disponíveis.
- Nome
- Timbre
- Local
- Porto, Porto, Praça do General Humberto Delgado, 307
- Telefone
- 961720537
- Horarios
- Segunda a Quinta das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 02:00
Sexta e Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 03:00