Fugas - restaurantes e bares

  • Adelaide Carneiro
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Comidas de qualidade e sabores supremos

Por José Augusto Moreira ,

Peixes imaculados, gulosos estufados, caldeiradas ou assados no forno. Na Casa Pêga há pratos que são verdadeiros hinos ao sabor e à simplicidade gastronómica, num ambiente familiar. E sabe tudo mesmo a comida.
A história é comum à de muitas outras casas de comidas que evoluíram das antigas tascas de vinhos e petiscos até aos restaurantes da actualidade. O que já é menos comum é o gosto e a satisfação que nos deixa sempre uma enorme vontade de voltar. Tudo apenas pelo puro prazer das comidas de qualidade e sabores supremos. Das singelas pataniscas ou bolinhos de bacalhau aos gulosos estufados, caldeiradas ou assados no forno. E nem se pense que a Casa Pêga é lugar para mordomias ou grandes requintes.

Sala ampla, de decoração simples e por vezes muito barulhenta, ambiente cordial e ao mais puro estilo familiar. O essencial é mesmo aquilo que por aqui se come. Produtos de qualidade e frescura imaculados e um trato culinário que é a marca da casa. "Sabe tudo mesmo a comida!", Tal como exclamava um dos satisfeitos comensais numa das recentes incursões. A fama da casa vem já dos anos 1960, e o nome vem da ave "destravada" que por ali havia. Ao operariado que regressava das duras jornadas de trabalho na vila fabril de Famalicão sabia bem o copo e o petisco preparado pela D. Beatriz, ao mesmo tempo que se divertia com as malcriadas trocas de palavras com o animal. Dos petiscos de fim de tarde, a casa do Zé da pêga passou a ser procurada para almoços e jantares e as famílias começaram a chegar aos domingos.

Na cozinha e no serviço juntava-se a numerosa prole familiar e, da loja da frente com as pipas e o balcão, a clientela começou a ocupar as restantes divisões da moradia térrea até a necessidade de construir a actual sala no espaço das traseiras, outrora ocupado pelo quintal. É por isso que ainda hoje se acede ao restaurante pelo espaço da tasca original, atravessando depois a cozinha e a antiga sala da casa de família. Da mesma forma todas as tarefas são ainda hoje exclusivamente desempenhadas pelos membros da família - a que se juntaram genros e noras - e é ainda D. Beatriz que da sua octogenária sabedoria controla com olho clínico a qualidade dos produtos. A grande diferença está na clientela. Basta um olhar para o parque automóvel para se perceber que aos operários sucederam os patrões, que a casa é sobretudo frequentada por quadros e burguesia endinheirada, e que a crise não é, afinal, uma coisa tão democrática como por aí se apregoa. Democrático mesmo é o gosto, a satisfação e farta diversificada a oferta gastronómica.

Há pratos de todos os dias, como os rojões e bacalhau, mas também muitos outros que rodam pelos dias da semana. Cabrito em caldeirada e nispo de vitela no forno, às segundas; arroz de bacalhau com bolinhos e cozido à portuguesa, às terças; feijoada de tripas e cabrito no forno, às quartas; polvo com molho verde, mão de vitela com grão, arroz de cabrito e perna de poço no forno, às quintas; filetes e polvo, sardinhas com arroz de feijão, bacalhau à Gomes de Sá e fêveras avinhadas, à sexta; feijoada transmontana e massa à lavrador, ao sábado; bacalhau no forno com puré, cabrito ou perna de porco no forno, feijoada de tripas e vitela com puré ou favas, ao domingo.

Nome
Casa Pêga
Local
Vila Nova de Famalicão, Antas, Rua 8 de Dezembro - Antas de São Tiago
Telefone
252374175
Horarios
Segunda a Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 22:00
Domingo das 12:00 às 15:00
Preço
25€
Cozinha
Portuguesa
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