Sobremesa: cerejas (5 euros), este ano pouco recomendáveis, pois a chuva prejudicou-lhes o amadurecimento. Vinho: Quinta do Carmo branco 2001, um alentejano atípico, mas muito bom. Bebeu-se sempre um belíssimo café de balão (1,5 euros). Mais algumas observações sobre a carta do Gambrinus:as perdizes estão sempre presentes, seja de escabeche, na caçarola, estufadas com castanhas, empadão de perdiz (às 2.ªs feiras), com cogumelos... É perdiz a mais. Há alheira a 18 euros; frangainho (sic) à cafreal, gambas à malaguenha, sopa de cebola, canja de galinha, "consomé" com Jerez, peixes grelhados com molho gribiche e molho holandês, robalo à marinheiro, iscas de fígado com elas, rojões à transmontana, bananas flamejadas, crepes Suzette, entre muitas outras receitas todas elas datadas.
O balcão do Gambrinus, onde o serviço de cervejaria tem o mesmo nível de qualidade das salas, tem clientes fiéis e numerosos. Casas como estas tornam-se emblemas das terras onde se localizam. Não tenho dúvidas nenhumas de que esse é o caso deste Gambrinus, restaurante de luxo. Mas hoje em dia a sua cozinha, que me parece cansada no plano da confecção, só tem defesa, no domínio das propostas, numa perspectiva museológica. Obrigatório sempre que se trate de fazer a história da restauração em Lisboa e da influência decisiva que nela tiveram alguns cidadãos galegos, o Gambrinus não é, actualmente, um restaurante onde se façam refeições memoráveis.
- Nome
- Gambrinus
- Local
- Lisboa, Santa Justa, Rua das Portas de Santo Antão, 23
- Telefone
- 213421466
- Horarios
- Todos os dias das 12:00 às 01:30
- Website
- http://www.gambrinuslisboa.com
- Preço
- 65€
- Cozinha
- Trad. Portuguesa
- Espaço para fumadores
- Sim