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Samaná

Samaná Luís Maio

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Samaná: Praia e autenticidade na República Dominicana

A Playa do Rincón é muitas vezes citada como das melhores do mundo. Quem, porém, visitar outras também selvagens na ponta inferior da pinça de caranguejo, no mínimo hesitará sobre qual merece a primazia. As praias Madame e Frontón podem ser mais exíguas, formando areais em concha, apertados entre falésias, mas isso também lhes confere outro dramatismo.

A praia Madame fica a um par de quilómetros a oriente de Las Galeras (20 minutos a pé) e é enquadrada por um fotogénico colar de rochedos, que formam grutas e lagunas. O tipo de praia que é perfeitamente recomendável para famílias, mesmo se nem sequer dispõe de barraquinha de gelados. Bem mais complicado é o acesso à Playa Frontón, que só se atinge de lancha ou por um trilho de duas horas no meio da selva. O prémio é uma praia de 450 metros de comprimento por 14 metros de largura, rodeada a três quartos pelas paredes rochosas do Cabo de Samaná, que aqui se elevam a 200 metros de altura. O principal encanto são, no entanto, as águas transparentes e cheias de peixes multicolores, fazendo dos óculos de mergulho um adereço de exploração indispensável.

Estas praias virgens são autênticos paraísos, mas é preciso tomar cautelas, sobretudo com os cocos no alto das palmeiras, que em queda livre se podem converter em mísseis assassinos.

Esse problema já não se coloca nas praias mais civilizadas de Samaná, onde os frutos dos coqueiros são regularmente colhidos para evitar acidentes. É o que sucede na muito justamente designada Playa Bonita, meia dúzia de quilómetros a oeste de Las Terrenas. As areias imaculadas, as águas cristalinas e cheias de peixes não destoam do melhor da costa da península, mas aqui as palmeiras crescem em áreas ajardinadas e entre elas espreitam alguns dos condomínios e casas de hóspedes mais elegantes da ilha. No capítulo da praia elegante e com estilo, a Bonita é virtualmente imbatível.

Depois há sempre Cayo Levantado, também muito formoso, mas que já pertence a outro campeonato. Coberto por profusa vegetação tropical, aos pés dos quais espreitam línguas de areia de uma brancura luminosa, banhado por águas de um feérico azul-turquesa, o ilhéu sete quilómetros a sudeste de Santa Bárbara de Samaná é um verdadeiro monumento natural.

Acontece que a cadeia Bahía Príncipe comprou três quartos desse encanto, o que é um seguro benefício para os clientes do luxuoso resort, mas uma fronteira para os demais. Em compensação, o outro quarto do ilhéu continua a ser público e é nele que se encontra a mais fotogénica das suas praias, aquela mesma em que foram tiradas as fotografias de uma famosa campanha do rum Bacardi.


Outras águas

As principais atracções da península são todas naturais, mas nem todas são praias. A mais emblemática é sem dúvida o Parque Nacional dos Haitites, mancha verde de 600 quilómetros quadrados, que bordeja a costa meridional da Baía de Samaná, espraiando-se depois para o interior. É um território de pequenas montanhas onduladas, rematadas no mar por um sem número de ilhéus chamados mogotes.

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