Fugas - notícias

Nelson Garrido

Ryanair responde às perguntas dos leitores da Fugas

Por Fugas

Os nossos leitores perguntaram, o director de comunicação da Ryanair, Daniel de Carvalho, respondeu. Analisada mais de uma centena de questões, seleccionámos os dez temas mais referidos, com a pergunta do milhão, "para quando Lisboa?", repetida dezenas de vezes. Mas também: Beja, Açores e Madeira, as novas rotas, polémicas com taxas e preços, dúvidas sobre segurança ou mesmo sindicalismo e voos transatlânticos de baixo custo. Ou ainda: E comprar a TAP?

Para a primeira entrevista colectiva Fugas, em que os nossos leitores podem colocar questões a uma pessoa ou entidade em destaque nas temáticas do universo Fugas, escolhemos a companhia aérea Ryanair. O director de comunicação da companhia aérea de baixo custo, Daniel de Carvalho (DC), aceitou responder a dez questões a serem seleccionadas pela Fugas de entre as enviadas pelos leitores. O repto foi lançado ( Que gostaria de perguntar à Ryanair? ) e recebemos em poucos dias 105 perguntas. Após análise de cada uma, dividimo-las por dez temas e Daniel de Carvalho, em lugar de responder a apenas dez questões, aceitou responder a dez temáticas. Sob estas, abrigámos as perguntas seleccionadas, que, na prática, resumem o conjunto de questões enviadas pelos leitores: Lisboa, Beja, Açores e Madeira, Preços & Taxas, TAP, Escalas, Atendimento, Empresa, Novas Rotas, Africa e voos Transatlânticos.

LISBOA
[a pergunta do leitor resume e aprofunda uma questão que, em termos similares, foi colocada por perto de três dezenas de leitores]

«Tenho umas pequenas perguntas para fazer à Ryanair para as quais gostaria de obter uma resposta honesta e não uma resposta politicamente correcta! Para quando a Ryanair em Lisboa? O que a impede? Visto que já outras low costs voam para esse destino. Para Portugal quais as futuras/novas rotas?» Ricardo Martins Ribeiro]
DC: Caro Ricardo, o que impede as tarifas verdadeiramente baixas da Ryanair de chegar a Lisboa é a falta de acordo comercial/operacional com o aeroporto da Portela. Como o aeroporto não está congestionado apresentámos à ANA sugestões de como alcançar uma operacionalidade de baixo custo. Quando virmos reunidas essas condições técnicas, que possam permitir um turn around* rápido e eficiente, poderão chegar a Lisboa pela primeira vez tarifas verdadeiramente baixas. Outras companhias têm uma tarifa média no mínimo 50% mais alta do que a tarifa média da Ryanair. Lisboa não tem tarifas baixas.

[Nt. Ed.: turn around refere-se ao tempo e actividades entre a chegada e partida de um avião]

«...Afinal, o que é que Lisboa não tem que as outras cidades têm?»
[José Trabucho]
DC: Caro José, se souber a resposta diga-me. Cremos que Lisboa tem tudo para que as tarifas baixas da Ryanair aumentem o turismo e o emprego na região. Mas somente quando o aeroporto demonstrar que vai permitir operações eficientes de baixo custo como em Faro e no Porto é que podem chegar às tarifas garantidamente mais baixas da Ryanair à capital.


BEJA (e mais)

«O aeroporto de Beja parece encaixar na perfeição como a terceira base da Ryanair em Portugal. A distância de Lisboa ou Algarve não parece ser um entrave até porque na Europa muitas bases da Ryanair estão a duas horas de camioneta. O país já ajudou no Porto e em Faro. Não será altura de a Ryanair ajudar a rentabilizar aquele espaço?»
[Pedro Cunha Martins]
DC: Caro Pedro, as tarifas mais baixas da Ryanair ajudaram as regiões do Algarve e do Porto a duplicarem o número de passageiros. Beja e a região alentejana têm de competir com regiões que também querem atrair investimento, turismo e emprego, tal como a Turquia ou a Croácia. Estamos dispostos a receber aqui em Dublin qualquer proposta por parte de Beja em como querem promover o seu destino em conjunto com a Ryanair e as nossas tarifas baixas.

--%>