A Rua Nova do Carvalho, junto ao Cais do Sodré, foi “durante décadas” pouco mais que “uma viela à beira-rio”, habitada por “prostitutas e marinheiros” e povoada por “clubes nocturnos decadentes” com nomes de cidades portuárias. Em Setembo de 2013, um projecto de revitalização tornou-a cor-de-rosa (entre polémicas e queixas) e um renovado destino das enchentes notívagas alfacinhas ao fim-de-semana. Uma mudança que não ficou indiferente ao jornal norte-americano, que, em Abril, a escolheu para uma lista das suas “ruas favoritas em 12 cidades europeias”.
“Hoje em dia, todos os tipos de pessoas caminham pela rua, que foi fechada ao trânsito, pintada num tom alegre de cor-de-rosa e elevada a nova zona festiva mais movimentada de Lisboa, graças a uma parceria entre os donos dos bares e a autarquia”, descreve Seth Sherwood, um dos colaboradores que assina o artigo do New York Times.
Entre os principais atractivos da renovada artéria estão, claro, os diferentes espaços nocturnos, com destaque para as “centenas de latas de conservas de peixe” alinhadas nos armários do Sol e Pesca, os gins e as “clássicas cadeiras de escola” do Lateral, para a poesia e “robustos pratos de tapas” do Povo, os espectáculos burlescos do Bar da Velha Senhora, o rock do Tokyo e a música eclética do MusicBox. E poderiam acrescentar-se ímanes recentes como a Pensão Amor ou clássicos como o Jamaica e, em redor, novos bares e outros reinventados, restaurantes criativos, bares de vinho, lojas ou tabernas modernas.
O mapa das ruas preferidas do jornal norte-americano faz-se ainda de “ruelas pavimentadas”, “amplas avenidas”, ruas para “amantes de galerias, comida ou compras” ou para simples “flâneurs”.
São elas: Rue de Charonne (Paris, França), Grosser Muristalden (Berna, Suíça), Rüdesheimer Strasse (Berlim, Alemanha), Calle 31 de Agosto (San Sebastián, Espanha), Ripa di Porta Ticinese (Milão, Itália), Pimlico Road (Londres, Inglaterra), Itfaiye Caddesi (Istambul, Turquia), The Akerselva River (Oslo, Noruega), Kärntner Strasse, Graben e Kohlmarkt (Viena, Áustria), Calle Zurbano (Madrid, Espanha) e Krymska (Praga, República Checa).
Lista: New York Times