Fugas - restaurantes e bares

(Vip Lounge, no Porto)

(Vip Lounge, no Porto) Paulo Pimenta

Nem pequeno, nem almoço. Vamos ao brunch?

Por Ana Henriques e Andreia Marques Pereira |

Não é "fast food" e isto porque exige tempo. Afinal, são duas refeições numa: pequeno-almoço tardio e almoço que também o pode ser. O brunch (ainda) não é um hábito, mas anda na boca de alguns.

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A origem é norte-americana e todos lhe prestam a devida vénia. Um pequeno-almoço (breakfast) que se une a um almoço (lunch) para inventar um brunch.

Começou como ritual familiar domingueiro e tornou-se moda por terras de Obama. Chegou a Portugal despercebido, mas começa a querer sair do armário como ritual urbano - de fim-de-semana, sobretudo, porque se há coisa que o brunch exige é tempo para degustar o que pode ser uma refeição pantagruélica apresentada em forma buffet. Na sua versão original, pelo menos.

Porque há declinações pouco ortodoxas em que os princípios do brunch são baralhados e servidos selectivamente: há-os como pequenos-almoços de linhagem anglo-saxónica (ou seja, com ovos mexidos e bacon, sobretudo); e há-os como almoços de aparência mais leve e sofisticada - e aqui a distinção entre as refeições "tradicionais" é mesmo apenas uma questão de nomenclatura, em que brunch parece ter ganho em apelo cosmopolita.

Porém, para cumprir inteiramente a sua vocação, o brunch deve começar com o pequeno-almoço (com tudo a que se tem direito, aqui, em Inglaterra e nos EUA) e fazer a transição (com mais ou menos desvios gastronómicos) para o almoço, o que significa ter um prato quente, pelo menos. E deve ter um início mais tardio para haja mais disponibilidade para apreciar a amplitude da sua versatilidade: até pode ser um dois-em-um, mas no brunch o resultado é maior do que a soma das partes.

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