Fugas - restaurantes e bares

La Parisienne (do Chef Xavier Charrier), em Lisboa, é uma das casas participantes em Portugal

La Parisienne (do Chef Xavier Charrier), em Lisboa, é uma das casas participantes em Portugal

Grande jantar francês à escala global com 35 restaurantes portugueses

Por Alexandra Prado Coelho

A 21 de Março, há “jantares à francesa” em simultâneo numa centena de países, Portugal incluído.

De mil restaurantes em 2015 para 1500 em 2016 — a iniciativa Goût de France/Good France, um grande jantar francês à escala global, vai voltar a acontecer este ano, a 21 de Março, e o número de restaurantes aderentes, espalhados por cem países, subiu. Portugal acompanhou a tendência: no ano passado participaram 18, este ano serão 35, espalhados pelo continente e ilhas.

Foram, por outro lado, feitos alguns ajustes ao modelo inicial. Assim, deixou de ser obrigatório usar essencialmente produtos franceses (o que, inevitavelmente, encarecia o preço das refeições) e passou a ser possível usar produtos locais, desde que tratados com as técnicas da cozinha francesa. O que faz tanto mais sentido quanto uma das preocupa- ções fundamentais do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros e Desenvolvimento Internacional ao lançar esta iniciativa é sublinhar a importância da sustentabilidade. A única excepção é o vinho, que tem mesmo que ser francês.

Por outro lado — o que explica o aumento do número de participantes —, o Goût de France deixou de ser um evento essencialmente de alta cozinha e abriu-se aos restaurantes com preços mais acessíveis, como forma de chegar a mais gente. Para participar, os restaurantes tiveram que se candidatar enviando uma proposta de ementa do jantar.

E porque este é um pretexto para falar da gastronomia francesa, as embaixadas de França em cada país organizam eventos paralelos. Em Portugal será organizado um concurso para que os alunos das Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa e Porto apresentem um jantar à francesa, que terá como júri professores, jornalistas, cozinheiros e um convidado especial, o chef francês Antoine Westermann (3 estrelas Michelin). Westermann, que foi durante muitos anos consultor do restaurante Fortaleza do Guincho, é este ano o padrinho do Gôut de France em Portugal.

Haverá também uma conferência (em data a anunciar) sobre pastelaria francesa, com a participação de especialistas no tema e acompanhada por uma degustação; e ainda uma exposição de fotografia sobre a arte culinária.

Os restaurantes participantes em Portugal comprometem-se a dar 5% das receitas dessa noite à associação Re-Food, que luta contra o desperdí- cio alimentar recolhendo as sobras dos restaurantes e distribuindo-as pelas pessoas mais necessitadas. O projecto tem vindo a crescer e tem neste momento 4000 voluntários, 900 parceiros na área da restauração e distribui 46 mil refeições por mês a famílias carenciadas, apoiando 2500 pessoas.

Gout de France em Portugal 

Ponta Delgada, Açores:

Anfiteatro (Chef Pedro Oliveira)No Funchal, Madeira:
Armazém do Sal (Chef Roberto Barros)
Il Gallo d’Oro (Chef Benoit Sinthon)

Em Albufeira:

Vila Joya (Chef Dieter Koschina)

Em Portimão:

Vista Restaurante in Hotel Bela Vista & Spa Relais et Châteaux (Chef João Oliveira)

Em Vilamoura:

Le Rendez-Vous (Chef José Niza)

Em Leiria:

Fio d’Azeite (Chef Pascal Lecoq)

Em Coimbra:

Casas do Bragal (Chef Maria Manuela Cerca)

No Porto:

Lado B Café (Chef Artur Ribeiro)
Maria Bôla Coffee Bakery (Chef Maria Martins)
Poivron Rouge (Chef Jorge Sousa)

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