Fugas - restaurantes e bares

  • Nelson Garrido
  • Manuel Roberto
  • Adriano Miranda

Portugal é “o segredo gastronómico mais bem guardado da Europa”, diz a CNN

Por Fugas

São 20 razões para Portugal estar incluído na “lista de qualquer viajante foodie”.

“Peixe superlativo, fruta amadurecida pelo sol, cordeiros criados nos prados salpicados de flores, porcos que correm livres, empanturrando-se de bolotas debaixo de florestas de carvalho.” Para a CNN, a gastronomia portuguesa está “profundamente enraizada na frescura dos ingredientes locais”. E, sem eles, “simplesmente não saberia ao mesmo”.

Um factor que para a estação televisiva norte-americana faz com que a cozinha lusa “raramente viaje bem” e que, por isso, a maioria dos restaurantes portugueses no estrangeiro fique habitualmente entregue a “emigrantes melancólicos que procuram em vão matar saudades da comida caseira da mãe”.

No entanto, as coisas estão a mudar, diz a CNN. E o sucesso de chefs portugueses como George Mendes (lusodescendente responsável pelo Aldea, uma estrela Michelin, e pelo recente Lupulo, ambos em Nova Iorque) e Nuno Mendes (que chegou à ribalta com O Viajante, em Londres, encerrado em 2014) está a catapultar a gastronomia portuguesa para o mundo.

Para o jornalista Paul Ames, que assina o artigo em destaque esta sexta-feira, Portugal é o “segredo gastronómico mais bem guardado da Europa”, porventura a cozinha “mais subestimada” do continente. Entre elogios e sugestões, há 20 razões para que o país entre definitivamente na lista de “todos os viajantes foodies”.

Para começar, é uma “perfeição para piscívoros”, oferecendo uma vasta variedade, de chocos bebés a atum ou robalo fresco. “O chef superstar Ferran Adrià diz que o pescado das águas atlânticas portuguesas é o melhor do mundo – e ele é espanhol”, refere o artigo. Uma perfeição tal que traz mais frutos do mar à lista de argumentos da cozinha portuguesa: o “rei bacalhau” (em 5.º), as “santas sardinhas” (15.º) e ainda lampreia, perceves ou língua de bacalhau quando se fala das “peculiaridades comestíveis” (16.º).

Depois há o azeite – “o mundo despertou para a qualidade do ouro líquido português”; o tradicional cozido – que “une o país”, onde a cozinha “é rigorosamente regional”; o “despertar gourmet de Lisboa” - com uma nova geração de chefs a trazer “versões ultramodernas da gastronomia tradicional”; ou os queijos – a razão por que não são mais conhecidos internacionalmente “é um mistério”.

E ainda as tripas à moda do Porto; os pratos de arroz; o porco preto e o leitão; os restaurantes tradicionais; o “legado do império” e as influências e ingredientes trazidos no tempo das Descobertas; a variedade de frutas; a magia dos mercados (Olhão, Funchal, Bolhão e Ribeira em destaque); a doçaria “rival” ao já famoso pastel de nata; as bifanas e os pregos; o borrego, o cabrito, a chanfana, os bifes de vaca, o javali ou a lebre. E tanto, tanto vinho. Dos verdes aos tintos, dos espumantes da Bairrada aos Porto, Madeira e moscatéis ou mesmo as vinhas vulcânicas do Pico.

São 20 razões que, na realidade, se desfiam em muitos mais argumentos, numa ode à maioria dos sabores que compõe a gastronomia portuguesa.

--%>