Fugas - Viagens

  • Aldeia da Terra, Arraiolos
    Aldeia da Terra, Arraiolos Rui Farinha
  • Aldeia da Terra, Arraiolos
    Aldeia da Terra, Arraiolos Rui Farinha
  • Aldeia da Terra, Arraiolos
    Aldeia da Terra, Arraiolos Rui Farinha
  • Aldeia da Terra, Arraiolos
    Aldeia da Terra, Arraiolos Rui Farinha
  • Aldeia da Terra, Arraiolos
    Aldeia da Terra, Arraiolos Rui Farinha
  • Amieira Marina, Portel
    Amieira Marina, Portel Rui Farinha
  • Amieira Marina, Portel
    Amieira Marina, Portel Rui Farinha
  • Amieira Marina, Portel
    Amieira Marina, Portel Rui Farinha
  • Atoleiros1384, Fronteira
    Atoleiros1384, Fronteira Rui Farinha
  • Atoleiros1384, Fronteira
    Atoleiros1384, Fronteira Rui Farinha
  • Atoleiros1384, Fronteira
    Atoleiros1384, Fronteira Rui Farinha
  • Badoca Safari Park, Santiago do Cacém
    Badoca Safari Park, Santiago do Cacém Rui Farinha
  • Badoca Safari Park, Santiago do Cacém
    Badoca Safari Park, Santiago do Cacém Rui Farinha
  • Badoca Safari Park, Santiago do Cacém
    Badoca Safari Park, Santiago do Cacém Rui Farinha
  • Badoca Safari Park, Santiago do Cacém
    Badoca Safari Park, Santiago do Cacém Rui Farinha
  • Badoca Safari Park, Santiago do Cacém
    Badoca Safari Park, Santiago do Cacém Rui Farinha
  • Fluviário, Mora
    Fluviário, Mora Rui Farinha
  • Fluviário, Mora
    Fluviário, Mora Rui Farinha
  • Fluviário, Mora
    Fluviário, Mora Rui Farinha
  • Monte Selvagem, Montemor-o-Novo
    Monte Selvagem, Montemor-o-Novo Rui Farinha
  • Monte Selvagem, Montemor-o-Novo
    Monte Selvagem, Montemor-o-Novo Rui Farinha

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O Alentejo é um grande parque de diversões

Assim que se entra para a sala que dá início à simulação de um curso de água ibérico — sobretudo depois das largas vistas experienciadas na Amieira —, a primeira impressão é de que é tudo muito pequeno e até se estranha o ar abismado com que os mais pequenos investigam o que nos parecem ser simples tanques de água com alguns peixes. Nada mais errado. O rio em exibição não é pequeno. Nós é que somos grandes. Hora de alguma ginástica: flictam-se as pernas e chegue-se o nariz bem pertinho do vidro. Assim! De repente tudo ganha outra dimensão: já não estamos a ver tanques; sentimo-nos a entrar por aquelas águas adentro, que se transformam a cada passo.

O municipal Fluviário de Mora, na freguesia de Cabeção, junto ao Parque Ecológico do Gameiro, está aberto desde 2007 e, com o aniversário a aproximar-se (21 de Março), há novidades em grande. Um novo lontrário, alimentado por uma gigantesca árvore fotovoltaica no exterior do corpo principal do edifício e acompanhando o percurso do lago, é inaugurado a 23 de Março para acolher a vasta família de lontras-de-garras-pequenas que, até agora, ocupava um tanque ao lado da cafetaria/restaurante. Já a árvore, além de garantir uma redução anual de emissões de CO2 na ordem das 4,5 toneladas, serve também como sombra aos simpáticos bichos. E há razões extra para ir ver a nova estrutura: com a nova casa chega um novo casal de lontras, desta feita europeias.

Mas comecemos pelo princípio, que no caso será pela foz. Este rio é como qualquer outro: inicia-se com um pequeno caudal, habitado pelos também pequenos góbios ou bordalos. A quantidade de água cresce, assim como a vegetação se altera, e aparecem os ruivacos, o barbo-comum ou o eficiente chanchito (a espécie argentina, que se alimenta de larvas de insecto, contribuiu para a erradicação da malária durante a década de 1960). Seguem-se os achigãs, cuidadosamente separados do resto das espécies, tal o seu apetite, as tainhas e os robalos. A meio, outro aquário, habitado por trutas (arco-íris e mariscas), reproduz a agitação de uma turbulenta queda de água. Depois, os peixes maiores — e agora já quase conseguimos encostar os olhos ao vidro sem nos termos de baixar: esquivas enguias, carpas, esturjões. E uma adivinha: onde está o peixe? O chachorro, talvez embaraçado pela sua estranha aparência, disfarça-se tão bem que nem sempre é fácil descobri-lo. Mas é provavelmente o que mais companhia tem, tendo em conta o tempo que se demora a encontrá-lo (“Ali! ao lado daquela rocha!”). A despedida é graciosa. O rio desagua embalado por uma coreografia encenada por uma raia que até parece querer prender-nos ali ao seu majestoso encanto.

Mas há mais para ver: numa ala à parte, estão as espécies de habitats exóticos: casos das carnívoras piranhas-vermelhas, das enguias-eléctricas ou da gigantesca Alzira, nome com que se baptizou a enorme anaconda amarela. E, claro, os saramugos, que até dão nome a uma sala expositiva onde ainda se podem encontrar crustáceos, anfíbios, moluscos, insectos e anelídeos de espécies que ocorrem em Portugal.

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