Fugas - Viagens

  • DR
  • A Marinha apoia
    A Marinha apoia DR
  • Em preparação (na imagem, Armindo Furtado)
    Em preparação (na imagem, Armindo Furtado) DR
  • Em preparativos (na imagem: Filipe Palma e Miguel Dória)
    Em preparativos (na imagem: Filipe Palma e Miguel Dória) DR
  • A Partida (na imagem: Filipe Palma e apoio Picos Aventura)
    A Partida (na imagem: Filipe Palma e apoio Picos Aventura) DR
  • Gil Braz de Oliveira
    Gil Braz de Oliveira DR
  • Nuno Braz de Oliveira em travessia
    Nuno Braz de Oliveira em travessia DR
  • Encontro com um
    Encontro com um "gigante" do mar (na imagem: Gil Braz de Oliveira) DR
  • Em travessia
    Em travessia DR
  • O projecto deverá terminar em 2014
    O projecto deverá terminar em 2014 DR
  • Em travessia
    Em travessia DR
  • O projecto deverá terminar em 2014
    O projecto deverá terminar em 2014 DR
  • As ligações previstas
    As ligações previstas DR

Cinco amigos andam a unir as ilhas dos Açores ao sabor do vento

Por Miguel Andrade

“Sharing Azores, Connecting the World” é um projecto vivido por cinco aventureiros e a meta é ligar as nove ilhas açorianas em windsurf. Objectivo: promover o arquipélago e a sua natureza. Após uma recente expedição frustrada pelos ventos, não desmoralizam e esperam terminar a odisseia em 2014.

“Sonhámos o impossível, empenhámo-nos com trabalho, dedicação e espírito de sacrifício e fizemos acontecer”, resume à Fugas Fernando Braz de Oliveira, comandante da Marinha Portuguesa e coordenador do projecto “Sharing Azores, Connecting the World”.

O plano foi inspirado no Triatlo Peter´s Café, prova desportiva que une três das ilhas açorianas. Mas eles pretendem ir mais longe, unindo todas as ilhas do arquipélago em windsurf. Os cinco aventureiros são de áreas profissionais distintas e apenas dois naturais da região mas une-os a paixão pelo mar dos Açores e a vontade de cumprirem “um novo desafio, nunca antes tentado”. O grupo de “Sharing Azores” já levou (e vai voltar a levar) ao mar Filipe Palma, professor de educação física e guia de aventuras, Miguel Dória, arquitecto e também guia de aventuras, Armindo Furtado, empresário, Nuno Braz de Oliveira, médico dentista, e Gil Braz de Oliveira, engenheiro.

Iniciado em 2012, o projecto visa promover, acima de tudo, a importância do mar na economia de Portugal e a necessidade de dinamizar e divulgar as actividades ligadas à náutica de recreio, bem como promover nacional e internacionalmente as características específicas do Mar dos Açores. “Estes são os valores que pretendemos transmitir e promover. Queremos passar uma mensagem muito clara de que é possível através do desporto valorizar a vida profissional e servir de exemplo para as camadas mais jovens”, explica Fernando Braz.

Filipe Palma foi um dos aventureiros que decidiu participar nesta expedição. O professor de educação física já tinha entrado em outras grandes provas, casos de uma travessia de 10.000 kms à volta do mundo em bicicleta entre 1999 e 2000 ou de uma expedição em caiaque pela Antárctida em 2005 em autonomia e a solo durante 1 semana. Desta vez, a “vontade de juntar os amigos a fazer windsurf” e a paixão pelos Açores” falaram mais forte.

De acordo com Filipe Palma, todos têm que estar “bem preparados fisicamente. Cada um faz um treino individual, adequado às exigências do windsurf. Depois fazemos alguns treinos no mar em conjunto”. No momento da partida “os cinco partem ao mesmo tempo” deixando de lado “rivalidades. Porque não se trata de uma competição”, refere o professor.

Contudo, os cinco amigos, que apesar de já contarem com mais de 30 anos de experiência no windsurf, continuam a depender da natureza, neste caso, das condições do mar e, principalmente do vento.


Rumo a 2014

Em Abril de 2012, os cinco aventureiros concluíram com sucesso a ligação entre Faial e Pico, Pico e São Jorge e São Jorge e Terceira.

Para este ano, entre os dias 21 e 28 de Abril, estava reservada a ligação entre as ilhas de São Miguel e de Santa Maria. Contudo, esta etapa não foi bem sucedida. Com a meteorologia a agravar-se, com má visibilidade e ondulação a crescer e com 2/3 do percurso já feito, foi tomada a decisão difícil de voltar para trás.

“As condições eram duras, sem vento no início e com maior intensidade durante a travessia, o que fez com que um mastro se partisse. Aliado a este problema tive uma lesão durante o percurso, o que dificultou ainda mais a conclusão desta etapa”, conta Filipe.

--%>