Chama-se Fusing Culture Experience e não podia ter nome mais apropriado. Fusão é mesmo o conceito básico do certame multidisciplinar que une gastronomia, música, arte e desporto na Figueira da Foz durante três dias. Não estando reduzidas a um recinto, as iniciativas desta fusão cultural vão andar à solta pela cidade, seja em performances ou em paredes com arte urbana, seja na praia (privada) com surf, wakeboard ou jetski, por exemplo. Workshops e showcookings variados e concertos também fazem parte da oferta a partir de hoje. E dia 14 é dia, por exemplo, de showcooking de cozinha vegetarina e workshops de sushi e gin; de acrobacias em jetski (freestyle, acrobacias, mortais…); e de música dos Primitive Reason e Slow Magic.
Já na Costa da Caparica a música terá toda a primazia no festival O Sol da Caparica. O festival continua até domingo, mas para dia 14 o palco está reservado para Buraka Som Sistema, Samuel Úria, Dead Combo, Capitão Fausto, GNR, Peste & Sida, Gabriel o Pensador, Márcia, João Pedro Pais e DJ Branko.
Dia 15
É na margem esquerda do rio Arade, com água fresca abundante — a formar uma lagoa — que fica o Sítio das Fontes, nos arredores de Estômbar (Lagoa). E é este o local que vai mais uma vez receber o Festival de Didgeridoo – FATT 2014, entre 14 e 17 de Agosto. Apesar do lugar de destaque do instrumento dos aborígenes australianos, o festival vai além deste: atente-se no FATT, acrónimo de “Fonte de Artes Tribais e Tradicionais”. Por isso, espere-se, como nas edições anteriores, uma mistura de danças e cantares do mundo como fonte de inspiração para toda a programação que inclui também oficinas, workshops e palestras. O didgeridoo será um dos ingredientes essenciais em todas as bandas que vão subir ao palco e todos os dias haverá workshops e masterclasses sobre ele. No dia 15, além destes, alinham-se workshops de construção dos ditos instrumentos em papel, de capoeira, de percussão e dança africanas, de harpa de boca, de cânticos ancestrais, de automassagem e acupressão; uma oficina de mandalas; e à noite concertos dos Khayalan Trio, Los Monkys e Señor Marküsen.
Dia 16
É no Portinho da Arrábida, entre as Fendas do Creiro e a Lapa de Santa Margarida: a proposta é a de um regresso ao passado embalado pelas pegadas que o balançar telúrico deixou na superfície terrestre. Isto significa mergulhar na história geológica da Arrábida, vendo como os milénios ali se foram alinhando em camadas horizontais e verticais, transitando do Miocénico para o Jurássico, tempos demasiado remotos para serem familiares para o comum dos mortais — sim, porque o Jurássico aqui não tem os dinossauros de todos mitos. Não importa, porém, não distinguir as formações cenozóicas ou sequer saber o que foi o Quartenário: este passeio da Sociedade Portuguesa de Espeleologia dá pistas ao mesmo tempo que mergulha no cenário idílico da enseada do Portinho da Arrábida. De Chã da Anicha a Pedra da Anicha, entre Alpertuche e o Portinho, há ainda a opção de entrar nas entranhas da Terra na Lapa de Santa Margarida e na gruta da Figueira Brava. São oito horas de caminhada, para maiores de oito anos, com partida às 10h do Largo José Afonso, em Setúbal.