Fugas - Viagens

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Nos caminhos da antiga Rota do Chá

O centro histórico reúne um impressionante acervo de edifícios em madeira e pedra, de traça arquitectónica naxi, e convida a passeios pelo intrincado labirinto de ruas e ruelas. A experiência é singular noite dentro, com a cidade já adormecida, quando a iluminação nocturna e as omnipresentes luzes vermelhas conferem uma atmosfera feérica à cidade.

A subida ao monte Wan Gu Lou é uma etapa essencial na visita a Lijiang. É um lugar relativamente calmo, onde podemos absorver o soberbo panorama de um mar imenso de telhados negros. Para sul fica a sumptuosa residência de uma família aristocrática que governou Lijiang durante quatro séculos, transformada agora em museu, e um templo taoísta.

Lá ao fundo, a praça do antigo mercado e as coreografias de meia-dúzia de cavaleiros oferecendo aos forasteiros os préstimos dos seus cavalos tibetanos. Aí, com o cenário, ao longe, da Yu Long Xue Shan, a montanha do Dragão de Jade, realiza-se diariamente um espectáculo de música e danças tradicionais. Vale a pena, também, estar a atento à agenda de concertos de música Dongjing, uma antiquíssima expressão musical ligada a rituais taoistas, executada pela Orchestra Naxi.

O lago do Dragão Negro (Heilongtan), rodeado por jardins, templos e pagodes, oferece uma das imagens mais conhecidas de Lijiang: um “postal” com a ponte de mármore, em arco, um pagode da dinastia Ming, e, no horizonte, os picos nevados da montanha do Dragão de Jade. No interior do parque existe um interessante museu dedicado à cultura naxi e à escrita dongba.

A sequência de cumes da montanha do Dragão de Jade, um deles acima dos 5500m, é um dos primeiros grandes sinais dos Himalaias no Yunnan e é destino de concorridas excursões. Há possibilidade de trekkings, além de expedições a diferentes altitudes, até ao máximo de 4600m.

Para tal, há guias e mulas disponíveis na aldeia de Baisha. A povoação, outrora centro político, cultural e económico da minoria naxi, conserva edifícios históricos incluídos também na classificação da UNESCO e é uma excelente alternativa ao frenesim turístico de Lijiang. Há, ainda, um interessante mosteiro tibetano na montanha Puji e um punhado de aldeias naxi nas redondezas. Para os aficionados do ecoturismo, há muitas alternativas à montanha do Dragão de Jade. A Lijiang Xintuo Ecotourism (www.ecotourism.com.cn), uma entidade em que participam famílias de várias aldeias naxi, tem uma grande variedade de propostas no âmbito e no espírito do “turismo sustentável”.

As viagens do chá

Mais antiga do que a famosa Rota da Seda, a Rota do Chá e do Cavalo remonta ao século VII, ao tempo da Dinastia T’ang. Embora talvez em menor escala do que a sua congénere do Norte (que ligava o Oriente e a Europa), proporcionou também, durante cerca de 1300 anos, uma permanente comunicação entre populações da China e do Tibete, com as inerentes trocas comerciais acompanhadas por circulação de ideias e elementos culturais.

As caravanas de mulas e carregadores que percorriam a rota, em viagens que duravam vários meses, transportavam chá da região de Chengdu, na província central de Sichuan, e de Xishuangbanna, no sudoeste do Yunnan, onde o clima subtropical favoreceu o crescimento da Camellia sinensis em estado selvagem e onde se desenvolveu uma das primeiras produções de chá do mundo. 

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