Como ir
Uma das formas mais práticas de viajar entre Lisboa e Doha passa por recorrer à Qatar Airways, com uma curta escala em Londres, Roma ou Madrid (em voos operados pela TAP ou a Ibéria), por uma tarifa a rondar os 850 euros. Um pouco mais cara e com a inconveniência de uma longa escala no voo de ida é a Emirates, que liga a capital portuguesa ao Dubai e, daqui, a Doha, com um preço de 925 euros. Uma vez no Qatar, o ideal é alugar um carro (ou um veículo todo-o-terreno, imprescindível se estiver nos seus planos uma experiência no deserto e nas dunas), já que os transportes públicos são demorados e, pelo menos em certas zonas do emirado, pouco frequentes.
Onde comer
Almoçar ou jantar em Doha implica, na maior parte vezes, franquear a porta de um dos muitos hotéis espalhados pela capital, com preços que, não sendo em conta, têm uma boa relação com a qualidade. Mas há excepções e alternativas culinárias para todos os gostos. Na primeira modalidade — e atendendo somente à minha experiência — recomenda-se o Flying Carpet, no The Torch, num ambiente refinado (sob um tecto decorado com elegantes tapetes), ou, ainda no mesmo hotel, o Three Sixty, no 47.º andar, um restaurante giratório com uma vista soberba sobre a cidade. Outra opção passa pelo Agora, no Grand Heritage Doha Hotel & Spa; fora dos hotéis, vale a pena experimentar as delícias persas do Shebestan Palace, na Al Sadd Street, ou, no souq, a excelente gastronomia do libanês Al Terrace, mesmo ao lado do Hotel Al Mirqab.
Onde dormir
Imagine uma torre que se eleva nos céus a 300 metros, com 51 andares e uma panorâmica de 360 graus — assim é o The Torch (www.thetorchdoha.com), o hotel mais alto e já um ícone em Doha, localizado na Al Waab Street e com um preço de 220 euros para um quarto duplo. No Souq Wakif, recomenda-se o Al Mirqab (www.swbh.com), um boutique-hotel (são nove, no total, todos nesta zona histórica) com 32 quartos (preços entre os 150 e 175 euros) e duas suites (300 euros).
A visitar
Em Doha, vale a pena errar pela aldeia de Katara, o maior projecto cultural e multidimensional da capital do Qatar, onde uma população maioritariamente constituída por jovens se encontra para descobrir as diferentes culturas do mundo, teatros, exposições e bons restaurantes. Particularmente interessante é também o Mathaf, o Museu Árabe de Arte Moderna, na Al Huqoul Street (Cidade da Educação), uma plataforma aberta aos debates e às novas tendências com exposições temporárias. Um serviço gratuito de autocarro liga este espaço ao Museu de Arte Islâmica, funcionando entre as 11 e as 17h de quartas a domingos e entre as 15 e as 20h às sextas.
A uma centena de quilómetros de Doha, para norte, fica o sítio arqueológico de Al Zubarah, na lista de Património Mundial da UNESCO desde 2003, com um forte militar em bom estado (neste momento alvo de obras de restauro) e ruínas do que foi, entre os séculos XVIII e XIX, uma importante cidade sustentada pelo negócio do cultivo de pérolas. De passagem, não deixe de parar em Al Khor, uma urbe mais antiga do que Doha, com um ambiente relaxante (há um projecto que prevê para muito breve a construção de dois hotéis, de uma marina, de várias vivendas e de elegantes jardins) e praias com águas transparentes — se bem que estas existem um pouco por todo o lado num país com uma costa que se estende ao longo de 700 quilómetros.