Fugas - Viagens

  • FOTOS: HANS LOZZA

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O parque que recusa a mão do homem

Com uma população inferior a mil habitantes, Müstair, a quase 1400 metros de altitude, gozando da panorâmica, não pode ser ignorada: um dos tesouros mais antigos do Cristianismo cruza-se com o viajante neste canto tão remoto da Europa Central. Embrenhar-se nesta região, por onde Carlos Magno se aventurou – e, eventualmente, aqui terá fundado um mosteiro e uma igreja no século IX -, é ir ao encontro de lugares outrora estrategicamente posicionados no sopé de um dos passos montanhosos (neste caso o Often) que separavam a Europa do Norte de Itália e do coração da Cristandade. A religião está sempre presente, os frescos do século IX ou do século XII, carolíngios ou românicos, multiplicam-se nas suas cores e nos seus motivos dramáticos para atrair o turista – no final sinistro de São João Baptista, na crucificação de São Pedro, na decapitação de São Paulo e na morte por apedrejamento de São Estevão. É, de facto, imperdível uma visita ao Convento Beneditino de São João, na lista da UNESCO desde 1983 e uma verdadeira jóia de arte do período carolíngio, com aquela que é considerada a maior colecção de imagens do medieval antigo. Aberta recentemente ao público, a torre Planta abriga o museu do convento, onde as freiras (antigamente era habitado por monges) guiam o visitante ao longo de 1200 anos de história monástica e arquitectónica.  

INFORMAÇÕES ÚTEIS

O cidadão português apenas necessita de um passaporte para visitar a Suíça. A moeda local é o franco suíço, que corresponde a 0,83 euros.

 

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