A ilha das Flores são os Açores embrulhados no seu mais lustroso e natural cenário e concentrados em 141 km2 partilhados por pouco mais de quatro mil habitantes. E é aqui também que se encontra o Poço da Alagoinha, no final de um trilho de 800 metros, entre as freguesias de Fajã Grande e Fajanzinha, como uma visão do início da Terra. O verde-mais-verde cobre as falésias (200 metros) que rodeiam a lagoa e por onde escorrem mais de uma dezena de cascatas que em dias de chuva se multiplicam como fios de prata desenfreados. Terra quase intocada, esta, que segue selvagem à beira dos abismos.
Madeira, Miradouro do Véu da Noiva
O nome pode embalar os mais românticos, a paisagem deixa qualquer um deslumbrado pela beleza da costa norte da ilha da Madeira. O “véu da noiva” é uma queda de água de 30 metros que salta a antiga estrada que liga São Vicente ao Seixal e quem por lá viajou não se esquece do encontro com ele, o “véu da noiva”, nome ganho pelo efeito da espuma da água.
Vê-se ao longe, claro, e aí entra o miradouro, na estrada do Seixal, que permite admirar o dramatismo não só da cortina de água como de toda a costa. São falésias recortadas com precisão na pedra que é o substrato da ilha, desenhando enseadas e baías mais amplas e perdendo-se na neblina que muitas vezes cobre as partes mais altas. O azul do mar é profundo e é difícil afastar o olhar do confronto deste com o litoral escuro, num choque de titãs abençoado pela crueza dos elementos que tornam este cenário suave e duro dependendo de como se olha.