“O Dubai antigo vai regressar à sua glória dentro de três anos, com um grande projecto de renovação do distrito histórico”, anunciava recentemente o jornal em inglês Khaleej Times. Os planos incluem “exposições flutuantes em embarcações tradicionais de apanha de pérolas, ecrãs interactivos com histórias do local, e espectáculos de luz e som projectados nos edifícios antigos e novos, em ambos os lados do Dubai Creek.”
Na mesma edição do jornal, um título cita o xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum, líder do Dubai e vice-presidente e primeiro-ministro dos EAU: “É preciso inovar constantemente para nos mantermos à frente.” Faz sentido. Afinal, este é o país que baptizou o seu plano estratégico para 2015 como “Dubai, onde o futuro começa”, e cuja companhia aérea proclama pelos céus do mundo: “Hello Tomorrow”. Já lá chegaram?
GUIA PRÁTICO
Quando ir
A melhor altura para visitar o Dubai é entre Janeiro e Abril ou entre Outubro e Novembro. Naquele que é considerado o Inverno no emirado, a temperatura é geralmente amena e é possível até fazer praia em pleno mês de Janeiro, embora à noite a temperatura baixe um pouco e seja aconselhável usar um casaco leve. A evitar são os meses de Julho e Agosto, quando as temperaturas se mantêm acima dos 40 graus e a humidade pode atingir os 95%.
Como ir
A Emirates, companhia aérea do Dubai, tem um voo diário com saída de Lisboa (13h35) e um voo de regresso Dubai-Lisboa (com partida às 7h10) também diário. Na classe económica existe actualmente uma promoção que coloca o preço em 599 euros. Se viajar em executiva (cerca de 2000 euros) ou primeira classe (perto de 5000 euros) não deixe de aproveitar os lounges da Emirates no aeroporto de Dubai, onde há um muito completo buffet de pequeno-almoço que é ideal para quem saiu do hotel sem ter tido tempo de comer.
Onde ficar
Se há coisa que não falta no Dubai são hotéis. Há cerca de 600 (um número que está sempre a aumentar) e, destes, 104 são de cinco estrelas. Os preços são bastante elevados, mas baixam um pouco nos meses mais quentes de Julho e Agosto. É aconselhável reservar com antecedência, e online, o que permite também conseguir promoções. Recentemente começou a surgir no emirado uma categoria de hotéis alternativa aos grandes arranha-céus ou aos resorts de praia que vale a pena explorar: os boutique hotels e os B&B.
Onde comer
Em todo o lado se pode comer bem. Alternativas não faltam. Só no enorme Dubai Mall há mais de 150 espaços ligados à alimentação, restaurantes com cozinhas de todo o mundo, lojas especializadas (há uma de doces do Médio Oriente onde se pode ver fazer o tradicional bakdash booza, uma espécie de gelado elástico coberto de pistácio). Todos os hotéis de cinco estrelas têm restaurantes com o nível equivalente, e muitos deles com a assinatura de chefs internacionais. Um exemplo: o JW Marriott Marquis tem um restaurante japonês, um italiano, um tailandês, um indiano, uma steakhouse, um buffet de cozinhas do mundo (no Kitchen6, a não perder se se quiser ficar a conhecer um pouco de tudo numa só refeição), e um espaço francês, o La Farine, onde se pode assistir à montagem de elaboradíssimos bolos num atelier de pastelaria. Para os entusiastas de cozinha tailandesa, o The Thai Kitchen no Park Hyatt Dubai é uma excelente escolha — às sextas-feiras há um brunch.