Fugas - Viagens

  • Lucas Jackson/Reuters
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Há vistas a estrear em Nova Iorque

A comida de rua reflecte a oferta dos restaurantes mais sofisticados. Nova Iorque é paragem obrigatória no roteiro dos foodies. Fazer uma escolha é sempre arriscado. A variedade da cozinha do mundo está representada ao mais alto nível. De Brooklyn ao Hell’s Kitchen — o bairro para onde se anunciam novos espaços de fine dining depois da renovação, passando pela multiplicação de sabores de Queens, onde os preços são mais competitivos e as estrelas ainda não chegaram. É preciso respirar. O caminhante ainda não teve tempo de sair da ilha. Estamos nos bairros de Manhattan. De sul para norte. Tribeca, Soho, Village — East e West — Chelsea, Midtown, Upper East e Upper West. A parte alta a perder pontos para uma baixa a renovar-se, em fuga da especulação de preços para ser já alvo dessa mesma especulação. O Narcissa, restaurante do chef Andre Balzac inaugurado em 2014, dá cartas no Standard de East Village. O Atera, o duas estrelas Michelin de Mathew Lightner, na rua 77. O Alder, com a cozinha molecular de Wyie Dufresne, na rua 157. O Momofuku,  talvez o mais sonante, um restaurante coreano-americano de David Chang — também dono do Má Pêche, um trio de restaurantes que inclui um oyster bar, um noodle bar e o Ko, a estrela, na Bowery, em East Village.

Todos os anos os guias de restaurares sofrem actualizações. Levar para Nova Iorque um guia com mais de um ano é arriscado. O abre e fecha, a mudança de chefs, a competição pela qualidade e atenção de clientes e crítica faz deste circuito um dos mais vivos da cidade e uma das provas mais sentidas de que nesta cidade algo está sempre a escapar ao habitante e ao visitante. Tanto mais que a cidade se alargou. Não cresceu em tamanho, mas os pontos de interesse dispersaram-se. Manhattan já não é o centro do mundo nova-iorquino e o caminhante tem se render ao metro, ao ferry, ao táxi para estar nos cinco grandes bairros — boroughs — que a compõem: Manhattan, Staten Island, Brooklyn, Bronx e Queens.

Brooklyn e Queens

Num domingo de Maio, de manhã, um grupo de ciclistas prepara-se para um roteiro diferente. O ponto de partida é junto à Biblioteca Pública de Brooklyn e podem escolher entre várias paragens num percurso que passa por Williamsburg, Dumbo — o antigo bairro industrial reabilitado junto à ponte de Brooklyn e que se tornou num verdadeiro hot spot, com livrarias, bares e uma marginal — Park Slope, Carol Garden e Red Hook. É o circuito do brunch. Cada participante pagou 20 dólares por um passe que lhe dá acesso a 60 locais em Brooklyn onde acontecem eventos especiais entre as dez e as cinco da tarde. O consumo não está incluído. A festa termina ao fim da tarde na Grand Army Plaz. Há música e comida de rua.

Elena é italiana e veio com um amiga. Não sabe bem ao que vai. “Quero experimentar.” Estudante em Columbia, quer aproveitar a Primavera na rua, depois de sentir que “o Inverno foi mesmo para hibernar”. É das mais novas num grupo ecléctico de amantes de gastronomia onde não há bem um pelotão. Eles entram e saem de cafetarias e restaurantes com o passe carimbado até à paragem seguinte. No Buttermilk Chanel, em Court Street, no Brooklyn Roasting Company. A Time Out publicou o circuito completo para que ninguém se perdesse. Mas houve quem tivesse desistido, parado para uma sesta no cemitério que é um dos maiores jardins da cidade, um dos pontos mais altos da cidade: Green-wood. 

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