Fugas - Viagens

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A pé pelas ruínas de ouro

Peñalba é uma aldeia-postal, com quase todas as casas recuperadas, um bar, um restaurante e vários alojamentos turísticos. Deixamo-nos ficar por ali a recuperar forças e a pensar se ainda arriscamos fazer o percurso da tarde. O guia dissera que, agora, era sempre a descer, o que não é agradável para os joelhos, mas cativa mais pessoas. Alguns dos que não arriscaram a subida matinal juntam-se agora ao grupo da tarde.

O caminho é sempre a descer, de facto. E quase sempre entre árvores. Não há monumentos no caminho nem grutas para espreitar, pelo que, a bom ritmo, o grupo vai descendo a montanha. Quando emergimos da floresta, os mini-autocarros estão à nossa espera e percebemos que acabamos de vencer, através do monte, todo o caminho vertiginoso e pouco tranquilizador da manhã. A partir daqui, a estrada já é mais larga. E com protecções laterais. E nós vamos sentados. Ultrapassamos todas as subidas e descidas, o sol e a sombra. Bebemos litros de água e não apanhamos um escaldão. E conhecemos mais um canto belo do planeta. De perto. E tudo isto nos faz sentir incrivelmente bem.

A Fugas viajou a convite da secção de Montanha do Académico Futebol Clube

GUIA PRÁTICO

Como ir

A forma mais prática de chegar a Ponferrada é seguir em direcção a Chaves e deixar o país por aí. Depois, siga a auto-estrada A52, direcção Madrid/Benavente, e corte caminho seguindo para A Gudiña/Viana do Bolo e, depois, para A Rua. As indicações para Ponferrada surgem logo à frente.

O que levar

É essencial levar sempre roupa e calçado adequado. Evite as camisolas de alças quando está muito calor e não se esqueça de chapéu e óculos de sol. Sobretudo, leve muita água (entre dois e três litros, em dias de especial calor) e protector solar. O melhor é evitar fazer muitos esforços em dias muito quentes, pelo que, se puder, opte por dias com temperaturas mais amenas.

O que fazer 

Além das caminhadas, que são a jóia da coroa da região, há outras coisas bem menos extenuantes que pode fazer. Desde logo, visitar a cidade velha de Ponferrada, com o seu castelo templário, a catedral e as praças com esplanadas. O nosso grupo aproveitou também a manhã antes do regresso a Portugal para espreitar Villafranca del Bierzo, a última localidade do Caminho de Santiago antes de os peregrinos enfrentarem as montanhas e onde existe a Porta do Perdão, que se abre apenas em anos de Jubileu, e onde os peregrinos incapazes de continuar a andar podem pedir para serem perdoados e receber a confirmação de que completaram o caminho. A porta fica na Igreja de Santiago, mas a povoação tem outras igrejas, um velho castelo arruinado e peregrinos um pouco por todo o lado. É conhecida como “A Pequena Compostela” e pode representar uma boa pausa entre os passeios pelo meio do verde.

Outros passeios

A secção de Montanha do Académico Futebol Clube realiza caminhadas quase todos os meses. Nem todas são tão longas como a que fizemos em Leão, e em que o preço pelos quatro dias de viagem, com tudo incluído, rondava os 400 euros, e a maior parte delas é mesmo em território nacional, pelo que não há-de ser difícil encontrar uma que lhe agrade. Se quiser experimentar, já no próximo dia 18, vai haver um passeio no Trilho de S. Torcato, em Guimarães. É um percurso considerado fácil, de cerca de nove quilómetros, que fica por 10 ou 20 euros (sem e com almoço para sócios do AFC); 12 ou 22 euros (sem e com almoço, para não sócios). As caminhadas regressam em Setembro, com um passeio urbano em Vila Real, e exploram o Trilho das Águas em Viana do Castelo, em Outubro. Para mais informação, consulte www.academicofc.pt.

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