Eram estas que davam o leite, a manteiga e o mítico skyr, mas também a lã – e, a propósito, quem visita hoje a Islândia pode fazer um tour que combina tricot (para aprender a fazer o padrão das famosas camisolas islandesas) com caminhadas pela natureza. Há programas como “tricotar no gelo” ou “tricotar e escalar entre o fogo e o gelo”, “tricotar e escalar sob o sol da meia-noite” ou ainda “tricotar e escalar com os elfos”.
É que, apesar de a invasão de turistas começar a provocar alguma irritação – há quem diga que já se tornou “impossível” para um islandês andar no centro de Reiquejavique –, o país continua a apostar em campanhas internacionais para atrair mais visitantes.
A mais recente coloca uma série de islandeses nos sítios mais extraordinários – no meio de florestas ou junto a geisers – e tem como slogan: “Perguntem a Gudmundur”. Gudmundur, um dos nomes mais comuns na Islândia, é, dizem eles, “o maior motor de busca humano” para quem quiser saber mais sobre esta estranha terra de gelo e de fogo, onde (pelo menos no Verão) o dia nunca acaba e a noite é uma promessa eternamente adiada. Dormir? Podemos sempre dormir no Inverno. Não é verdade, Gudmundur?
Guia prático
Quando ir
Apesar da imagem de um sítio gelado, a Islândia tem um clima muito agradável, sem grandes variações, com verões frescos e invernos não demasiado frios. A maior diferença é mesmo o número de horas de luz: na altura do Equinócio de Verão quase não há noite e no de Inverno as horas de escuridão prolongam-se por quase todo o dia.
Como ir
Não há voos directos entre Portugal e a Islândia, é sempre necessário fazer uma escala. Os preços rondam os 800 euros, mas é possível arranjar promoções.
Onde ficar
O Reykjavik Marina é uma óptima opção. Situado junto ao porto velho da cidade, tem um estilo nórdico, descontraído e muito confortável. Tem um bar com grande animação à noite e um excelente pequeno-almoço. Faz parte da cadeia Icelandair, que tem hotéis em vários pontos da Islândia (e um outro na capital o Reykjavik Natura). www.icelandairhotels.com/en/hotels/marina
Onde comer
No excelente restaurante Lava no “spa natural” da lagoa Azul há cozinha de autor com produtos locais. Para comer bom peixe e marisco, uma opção interessante é o Hafid Bláa, na zona de Eyrarbakki, um espaço muito agradável junto a uma praia deserta.
O que fazer
A Islândia é um destino para quem gosta de turismo de natureza. E aí há muito que fazer e em paisagens extraordinárias que não se encontram noutros lugares: há passeios para ver os glaciares, pode-se ver a aurora boreal (entre Setembro e Maio), há passeios com cavalos islandeses, uma raça bastante pacífica, há passeios de jipe e escaladas. Um dos tours mais populares é o Círculo Dourado, que parte de Reiquejavique e inclui três dos locais mais visitados do país, a impressionante cascata Gullfoss, o géiser Geysir, e o Parque Nacional de Thingvellir, onde, para além de se conhecer a origem de um dos primeiros parlamentos do mundo, se pode fazer mergulho e snorkeling. Há excursões organizadas para todas estas actividades. Mas, em alternativa, pode-se alugar um carro e contornar a ilha, visitando outros parques naturais, géisers, vulcões e glaciares.