Fugas - Viagens

Continuação: página 6 de 7

Guatemala: No cimo do vulcão e com vista para o vulcão

…Se entró de tarde en el río
La sacó muerta el doctor
Dicén que murió de frio
Yo sé que murió de amor

Inicio a descida, sempre ao longo de um trilho que se encarrega de mudar a cor da minha pele.

- Que pasada las vistas, dissera-me, na hora de subir - e quando esta catalã já vinha a descer -, Maika Fernandez Gomez.

Sentado numa cadeira do aeroporto La Aurora, avisto o Pacaya banhado pelos raios dourados. Adormecido. Como a pedra de basalto no meu bolso. Não é muito grande, cabe na palma da mão.

Alguém, a muitos quilómetros daqui, com tantos caracóis como estrelas que não tardo a perscrutar no céu da Guatemala, faz colecção de pedras.

Guia prático

Como ir

A forma mais prática para viajar entre Lisboa ou o Porto e a Cidade da Guatemala é com a Ibéria, fazendo uma escala em Madrid. Dependendo da antecedência com que reserva o voo, a companhia aérea espanhola proporciona uma tarifa a rondar os 1000 euros para um bilhete de ida e volta. Existem outras possibilidades que, pelo menos para quem não se incomoda com o tempo despendido em aeroportos e por serem, por vezes, mais económicas, devem ser tidas em consideração. O ideal é fazer um levantamento do que lhe podem oferecer companhias como a Lufthansa, a Avianca, a United Airlines e a American Airlines, quase sempre em voos compartidos e sujeitos, em alguns casos, a escalas prolongadas. Para subir ao vulcão Pacaya é importante levar calçado confortável, roupa quente, comida e água.

Quando ir

A Guatemala tem duas estações: a seca (de Outubro a Maio) e a húmida (de Junho a Setembro). A melhor altura para visitar a região (e subir ao Pacaya) é durante a primeira. Mas é importante ter em conta que, mesmo nesta época, pelo menos durante a noite, as temperaturas podem baixar drasticamente.

Onde comer

Para comida mais barata, na capital, o melhor é dirigir-se à Zona 1, onde encontrará, na esquina da 9ª calle e 9ª avenida, a Parrillada Doña Sara, com uma atmosfera familiar e bons bifes, ou o Café-Restaurante Hamburgo, na 15ª calle, 5-34, mesmo em frente ao lado sul do Parque Concordia, com deliciosa comida guatemalteca e, durante os fins-de-semana, uma banda tocando marimbas. Para quem procura um pouco mais de um luxo e ambientes sofisticados, o ideal é percorrer algumas da ruas da Zona 10, ao encontro do Marea Alta, na 10ª calle, 1-89, ou o Txoco, na 13ª calle, 5-17.

Já em Antígua, se pernoitar na cidade, não deixe de tomar um pequeno-almoço ou uma refeição ligeira no Restaurante Doña Luisa Xicotencatl, na 4ª calle Oriente, 12, o espaço gastronómico mais conhecido da antiga capital, com um elegante pátio colonial e uma padaria muito concorrida.

Onde dormir

Na capital guatemalteca, recomenda-se o luxuoso Grand Tikal Futura Hotel, na Calzada Roosevelt, 22-43, com um total de 205 habitações (uma noite a partir de 90 euros), entre quartos e suites, que se dividem pelas suas torres envidraçadas, um projecto arquitectónico desenhado para ser uma reinterpretação contemporânea dos grandiosos conceitos da antiga Tikal.

Na Cidade da Guatemala, são inumeráveis as alternativas para quem viaja com pouco dinheiro. Na Zona 1, por exemplo, a maior parte das pensões e hotéis baratos (como o Ajau ou o Spring) concentra-se entre a 6ª e a 9ª avenidas e a 14ª e a 17ª calles, a escassos 10/15 minutos a pé (para sul) do Parque Central. É importante ter em conta, no momento em que definir a sua escolha, que as ruas são ruidosas.

--%>